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Comunicado de Imprensa
15 April 2024
Sob o lema “Promoção da eficiência e da produtividade nos sectores agrícolas de África parcerias estratégicas, maiores investimentos e o poder das tecnologias digitais”
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Comunicado de Imprensa
08 April 2024
Libertar o potencial de África através da transformação dos sistemas agro-alimentares e do reforço das capacidades
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Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em Guiné-Bissau
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Estes são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão contribuindo a fim de que possamos atingir a Agenda 2030 na Guiné-Bissau.
Publicação
28 March 2023
Monitorar a segurança alimentar e nutricional para melhorar o estado nutricional da população da Guiné Bissau (SiSSAN, Kume Dritu)
O número de famílias Guineenses em situação de insegurança alimentar aumentou de 19% para 22% entre março de 2022 e março deste ano.
Esta é uma das conclusões do Sistema de Seguimento da Segurança Alimentar e Nutricional apresentado a 21 de março, em Bissau, durante o ateliê de restituição organizado pelo Programa Alimentar Mundial (PAM) em parceria com o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, e o Instituto Nacional de Estatísticas no âmbito da Ação Ianda Guiné! Kume Dritu, financiada pela União Europeia (UE).
De acordo com as conclusões do relatório, Quínara, Oio e Bafatá são as regiões mais afetadas pela insegurança alimentar, atingindo até 37% da população. O aumento de preços a partir de fevereiro de 2022 na sequência da crise russo-ucraniana é apontado como um dos principais fatores explicativos da situação apresentada. Verifica-se ainda que as comunidades rurais sofrem três vezes mais a insegurança alimentar do que as comunidades urbanas.
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História
16 May 2023
“Olhem à vossa volta. Nunca, em todos os meus anos, tive tanto arroz”
Djaja Baldé fala com dificuldade, é gaga, mas isso não lhe tira o brilho enquanto conduz pelos campos que cultiva com a sua família de 17 pessoas: "Olhem à vossa volta, vejam por vós próprios. Nunca, em todos os meus anos, tive tanto arroz".
Estamos na região de Gabú, no leste da Guiné-Bissau, mais concretamente na aldeia de Sintchä Benfica. Nesta zona de maioria fulani e muçulmana vivem algumas das populações que enfrentam mais dificuldades no complexo mosaico social bissau-guineense. Foi uma das regiões escolhidas para a localização de 5 dos 15 campos-piloto de produção de arroz melhorado criados em 2022 no âmbito do programa Reforço da Segurança e Soberania Alimentar na Guiné-Bissau: Produzindo Evidências para a Elaboração de Políticas.
A nível nacional, 150 agricultores participaram neste projecto. Na sua aldeia, enquanto chefe de família, Djaja fez parte de um grupo de 7 homens e 3 mulheres que receberam formação nas técnicas do Sistema de Intensificação do Arroz, envolvendo práticas diferentes dos modelos de produção ancestrais.
Não se trata de práticas novas nem de conhecimentos recentes. Acontece que, no final dos anos 90, quando esta sub-região africana recebeu apoio internacional para a instalação de campos-piloto, a Guiné-Bissau estava a sair da sua devastadora guerra civil - o país ficou à margem dos avanços verificados além-fronteiras.
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Publicação
23 May 2023
Relatório de 2023 do Presidente do Grupo de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas sobre o Gabinete de Coordenação do Desenvolvimento
A meio do caminho para os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), as crescentes desigualdades, os conflitos crescentes, os impactos socioeconómicos persistentes da pandemia de COVID, as repercussões da guerra na Ucrânia e os efeitos generalizados da emergência climática constituem enormes desafios para o desenvolvimento sustentável. Uma liderança forte, integrada e especializada da ONU é agora mais essencial do que nunca.
Os investimentos acordados pelos Estados-Membros para reforçar a liderança, a imparcialidade, a responsabilização e a eficácia do Sistema de Coordenadores Residentes das Nações Unidas estão a produzir resultados claros no reforço do apoio do sistema de desenvolvimento das Nações Unidas (UNDS) aos governos nacionais para fazer avançar os ODS.
O presente relatório apresenta em pormenor os resultados da coordenação do desenvolvimento em 2022, que ajudou a promover um apoio mais coerente a soluções adaptadas aos ODS, alinhadas com as prioridades dos países.
Leia a versão interactiva do relatório aqui https://unsdg.un.org/2023-unsdg-chair-report/overview
Os investimentos acordados pelos Estados-Membros para reforçar a liderança, a imparcialidade, a responsabilização e a eficácia do Sistema de Coordenadores Residentes das Nações Unidas estão a produzir resultados claros no reforço do apoio do sistema de desenvolvimento das Nações Unidas (UNDS) aos governos nacionais para fazer avançar os ODS.
O presente relatório apresenta em pormenor os resultados da coordenação do desenvolvimento em 2022, que ajudou a promover um apoio mais coerente a soluções adaptadas aos ODS, alinhadas com as prioridades dos países.
Leia a versão interactiva do relatório aqui https://unsdg.un.org/2023-unsdg-chair-report/overview
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História
20 September 2023
Como um antigo sistema de produção de arroz está a salvar o ano seguinte nos campos-piloto conjuntos da FAO e do PAM em Guiné -Bissau
Djaja Baldé fala com dificuldade, é gaga, mas isso não lhe tira o brilho enquanto nos leva pelos campos que cultiva com a sua família de 17 pessoas:
“Olhem à vossa volta, vejam por vós próprios. Nunca, em todos os meus anos, tive tanto arroz”.
Estamos na região de Gabú, no leste da Guiné-Bissau, mais concretamente na tabanka de Sintchä Benfica. Nesta zona de maioria Fula e muçulmana vivem algumas das populações que enfrentam mais dificuldades no complexo mosaico social Bissau-Guineense. Foi uma das regiões escolhidas para pilotar a técnica da Intensificação Sustentável do Arroz (ISA), que já tinha levado a um aumento de quatro vezes na produtividade do arroz na sua fase experimental. Espera-se que o projecto-piloto forneça provas valiosas ao governo para apoiar a transição, a médio e longo prazo, para uma maior produtividade agrícola e uma melhor soberania alimentar.
No total, ao longo de 2022, 150 agricultores participaram neste projecto, co-financiado com 250.000 dólares pelo Fundo Conjunto para os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável e a FAO e implementado pela FAO com o PAM. Na sua aldeia, como chefe de família, Djaja fez parte de um grupo de 7 homens e 3 mulheres que receberam formação nas técnicas do Sistema de Intensificação do Arroz, envolvendo práticas diferentes dos modelos de produção ancestrais. Não se trata de práticas novas, nem de conhecimentos recentes. Acontece que, no final dos anos 90, quando esta sub-região africana recebeu apoio internacional para a instalação de campos-piloto, a Guiné-Bissau estava a sair da sua devastadora guerra civil - o país ficou à margem dos avanços verificados além-fronteiras.
Djaja não desarma e está visivelmente comovida:
“Este ano, a minha família vai comer bem, sem preocupações. Nunca mais voltarei atrás - utilizarei esta nova técnica até ao fim dos meus dias, até morrer!”
Até agora, duas comunidades na região de Bafatá, com melhores recursos hídricos e solos mais férteis, tiveram resultados excepcionais: 6 e 7 toneladas, respectivamente. A região sul de Quinará, considerada especialmente promissora para os arrozais de mangal, apresentou os resultados mais baixos: uma média de 2,1 toneladas por hectare. Já as comunidades da região de Gabú obtiveram uma média de 2,7. Isto fica muito aquém das 4 toneladas esperadas a nível nacional. Em termos gerais, os resultados representam, no entanto, a duplicação do volume das colheitas habituais. Em regiões onde a insegurança alimentar aguda mantém mais de 108.000 pessoas na necessidade de apoio alimentar imediato, compreende-se facilmente o alívio e a alegria que este facto causa.
Sobretudo numa altura em que se registam níveis históricos de inflação e aumento de preços, que têm vindo a agravar ainda mais as condições de vida de quem já enfrentava mais dificuldades e a colocar em risco a segurança de novos grupos sociais. Acresce que, numa região que se debate também com dificuldades na distribuição dos recursos hídricos, a redução de até cerca de 50% das necessidades de rega para o novo sistema de produção, face às técnicas ancestrais de produção de arroz, não deixa de ser um factor importante.
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História
20 September 2023
A história de Helena contada por Helena
“O meu nome é Helena Assana Saïd e tenho 51 anos. Sou assistente social e coordenadora dos Pólos de Apoio Técnico para o Acesso das Mulheres à Terra das regiões de Biombo e Bolama-Bijagós. Não sou de nenhuma destas regiões, sou Fula da região de Gabú e vivi a mesma violência da falta de acesso à terra das mulheres que hoje me proponho ajudar. Tenho cinco filhos, 1 rapariga e 4 rapazes. Quando o mais novo tinha 3 anos quase morri às mãos do pai dele, que era o meu então marido. Ele batia-me. Daquela vez atacou-me com uma enxada. Foi uma funcionária das Nações Unidas que me salvou. Era o único número que eu tinha de fora da comunidade. Telefonei-lhe e ela mandou uma equipa de intervenção rápida, levaram-me para o hospital e sobrevivi.
Quando recuperei soube que o meu marido já tinha construído o seu caso na polícia: tinha-se auto-mutilado e tirado uma fotografia; tinha-se despido e feito golpes pelo corpo – disse que eu o tinha atacado e ele tinha sido obrigado a defender-se. Ele pensava que eu ia continuar a ser a sua escrava, mas eu percebi que, se ficasse, ele acabava por me matar. Fui eu, com o meu esforço, que construí a casa onde vivíamos, mas os terrenos eram dele e da sua família. Deixei-lhe a casa. Deixei-lhe tudo. Agarrei nos meus filhos e fui-me embora.
Trabalhei muito, mas estou bem. Hoje tenho terrenos no meu nome e duas casas com gerador e painel solar. Acho que foi a raiva que me fez trabalhar. Acho que não há nada que nunca tenha comercializado: frutas, legumes, ovos, galinhas. Passei três anos a pagar os meus terrenos a prestações, mas consegui. Em 2009 comprei a minha terra em N’Salam, na beira da estrada, exactamente na curva onde Amílcar Cabral disse que a revolução devia começar para avançar para Bissau. Paguei 1,5 milhões de francos CFA – hoje não há nada junto à estrada por menos de 5 milhões.
Na região de Biombo enfrentamos um enorme desafio. Todos os dias há conflitos ligados à terra. Como Biombo está muito perto de Bissau, a região está a ser engolida. Já está tudo vendido a investidores para um dia urbanizar. Neste momento já não há terras nem para a agricultura. E a etnia Papel, que é predominante na região, é muito dura, tem um sistema sucessório muito complicado e que não tolera que as mulheres possam herdar. Na tradição Bijagó, as mulheres já têm mais voz, mas, mesmo assim, não é real, porque as administrações locais não as reconhecem como detentoras de poder e, desde que também nas ilhas a terra começou a ter valor para investimento, tudo se alterou. Numa região e outra, virão ainda muito mais conflitos do que os que já existem.
O N’Tene Terra tem nas mãos um grande desafio de desenvolvimento. Parece-me que agora o necessário é apoio financeiro para criar antenas e postos de mediação nas tabancas, caso contrário a situação vai-se agravar e ganhar contornos que o próprio Governo não poderá controlar. Em Biombo todos os dias há 2, 3 pessoas com queixas, pessoas a matarem-se. Às vezes, até parecem outras questões, mas são sempre questões de terra.”
Em colaboração com a União Europeia, a FAO na Guiné-Bissau lançou a rede ParteMulher, que visa prestar apoio técnico às mulheres que procuram obter justiça de género em matéria de direitos fundiários. Habitualmente, as mulheres na Guiné-Bissau não têm direito à terra, apesar de serem a espinha dorsal do sector agrícola. Composta por representantes das regiões do país, a rede recebeu formação para mediar litígios fundiários e interagir com as instituições nacionais relacionadas com a terra. Uma das 58 representantes regionais contou-nos a sua própria história de perda, luta e conquista.
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História
04 March 2024
Cantinas escolares incentivam as crianças na zona leste a frenquetarem as salas de aulas
Na região de Gabu, setor de Pitchi, leste da Guiné-Bissau as crianças não são forçadas agora a frequentarem as salas de aulas como outrora devido as refeições oferecidas pelo Programa Alimentar Mundial, (PAM), no âmbito da cantina escolar. Esta realidade foi mesmo confirmada por Maimuna Balde, de 58 anos de idade, viúva há 20 anos e mãe de 7 filhos, membro da comunidade local, ressaltando que, apoio representa um alívio para as crianças e as suas famílias. “Isso, para nós que é mãe e viúva, é um grande alívio,” sublinhou Mainuma Baldé, que igualmente é Presidente da Associação das Mulheres Horticultoras do Sector de Pirada. Ainda, esta acção do PAM tem aumentado sobremaneira a escolarização e a permanência de crianças nas escolas, notou Maimuna Baldé, reconhecendo que, "as mulheres do sector de Pitchi, são trabalhadoras e dispõem de um campo de cultivo de produtos hortícolas. De acordo com Maimuna Baldé, graças uma grande quantidade de sementes que a comunidade recebe da Direcção Sectorial da Agricultura, com o apoio da FAO. Embora, o Sector de Pitche carece de água, frisou ela. A situação impede a comunidade local a produzir grande quantidade de produtos para fornecer o PAM, como sendo, o principal comprador dos produtos das mulheres horticultoras de Pitche. Face esta situação, Maimuna Baldé pediu as Nações Unidas para abrir linhas de crédito no sentido de apoiar as mulheres desenvolveram as suas actividades económicas, assim como, apoiar na construção de reservatórios de água. Maimuna Baldé falava á margem do primeiro fórum Sectorial de Diálogo entre criadores de gados e agricultores da região de Gabu, que conta com o apoio financeiro e técnico da FAO, através do Fundo para a Consolidação da Paz (PBF).
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História
20 December 2023
Na Guiné-Bissau, os estudantes com deficiência empenham-se nos estudos para deixar os pais orgulhosos
Com um sorriso no rosto, Adama Baldé congratula-se com a campainha que assinala a refeição matinal.
Usando uma bengala, a menina de 14 anos, deficiente visual, dirige-se à cantina da escola atrás da escola Bengala Branca, na capital da Guiné-Bissau, onde são servidos pratos de arroz e molho fumegantes.
"Esta refeição dá-me força e melhora a minha concentração nas aulas", diz Adama enquanto se senta num banco de betão a saborear a sua refeição.
Bengala Branca é a primeira escola inclusiva do país, reunindo crianças com e sem deficiência. A escola faz parte de uma iniciativa mais ampla lançada pelo Programa Alimentar Mundial (PAM), o governo da Guiné-Bissau e o grupo não-governamental internacional, Humanity & Inclusion, para dar às crianças com deficiência maior acesso ao sistema de ensino público - juntamente com uma refeição escolar nutritiva do PAM.
Neste processo, o projeto Educação Sem Barreiras visa ajudar a combater o preconceito enraizado e o tratamento desigual das crianças com deficiência na Guiné-Bissau e noutros locais da região, que muitas vezes dificultam as suas hipóteses de se tornarem adultos saudáveis e bem-sucedidos.
"Porque se nasce com uma deficiência, não se é colocado na escola, não se é levado para o hospital", diz Lázaro Barbosa, presidente da Federação das Associações de Defesa e Promoção das Pessoas com Deficiência da Guiné-Bissau, que colabora com o PAM na melhor identificação e integração das crianças com deficiência nas escolas.
Em alguns casos, dizem Barbosa e outros, os pais pensam que ter um filho com deficiência é uma maldição, ou ligada à feitiçaria, e tentam escondê-los. Outros são abandonados.
"Os meus pais pensavam que eu era um demónio e não queriam ser ridicularizados pela comunidade", diz um aluno do sexto ano do programa, cuja identidade está a ser ocultada para sua proteção.
"Mas agora espero deixá-los orgulhosos de mim, porque vou tornar-me professor de francês em breve".
Escola para todas as idades
A Guiné-Bissau não é o único país onde o PAM trabalha com parceiros para atrair pessoas com deficiência de todas as idades para a escola, em parte graças a refeições nutritivas. Na Venezuela, por exemplo, o programa de alimentação escolar do PAM, lançado no ano passado, agora alcança mais de 15.000 crianças, adolescentes e adultos, e suas famílias, em 300 escolas em oito estados.
Entre eles: Luis Enrique, de 52 anos, que tem uma deficiência cognitiva e agora vai à escola pela primeira vez.
"Algumas pessoas dizem que é tarde demais, mas acho que não", diz o pai e cuidador, Luis Garcia, 72. "Agora sei que ele pode se sair bem quando eu não estiver mais por perto".
Na Guiné-Bissau, estima-se que 16 porcento das crianças entre os 5 e os 17 anos vivem com algum tipo de deficiência. O seu acesso à saúde, à educação, à assistência social e a outros serviços é extremamente limitado.
Um estudo do Banco Mundial sobre estas e outras barreiras enfrentadas pelas pessoas com deficiência em 10 países da África Subsariana conclui que isto torna a educação de alta qualidade para as crianças ainda mais vital.
"Não queremos deixar nenhuma criança fora do sistema educativo e sem uma alimentação saudável", afirma o representante e diretor nacional do PAM na Guiné-Bissau, Claude Kakule.
"Acreditamos que as crianças com deficiência têm potencial, só precisam do apoio certo".
Lançado em 2020, o projeto Educação Sem Fronteiras chega agora a todas as 852 escolas da Guiné-Bissau abrangidas pelo programa de refeições escolares do PAM. Nós e nossos parceiros estamos agora tentando mapear crianças com deficiência em todo o país para melhor identificá-las e ajudá-las, e estamos procurando outras maneiras de apoiar melhor a educação inclusiva.
O PAM também colaborou com parceiros e com o Ministério da Educação da Guiné-Bissau para criar uma direção especial do governo para a educação inclusiva, com os funcionários aprendendo em primeira mão com um esforço semelhante em Burkina Faso.
"Esta imersão permitiu-nos tomar consciência da necessidade de criar um programa de escolarização específico para pessoas com deficiência no país", afirma Manuel Malam Jafono, responsável pela nova Direção-Geral da Educação Inclusiva.
Sob a liderança da federação de Barbosa, o PAM também participa de esforços para capacitar grupos da sociedade civil e outros que defendem os direitos das crianças com deficiência à educação e outros direitos fundamentais.
"Estas crianças têm direito a uma educação para que possam contribuir para o desenvolvimento do país", diz Barbosa, acrescentando que o grupo planeia lançar uma campanha de sensibilização para que mais pais enviem crianças com deficiência para a escola.
Assistência alimentar fundamental
Para os jovens e seus pais, a assistência alimentar do PAM é fundamental para este objetivo. Inclui rações para levar para casa para alunos com deficiência, que fornecem um alívio contra a fome, e, inicialmente, assistência em dinheiro a famílias especialmente vulneráveis.
"Se este programa chegasse ao fim um dia, seria mais um abandono para estas crianças, que já foram prejudicadas pela vida", diz Aissatou Djalo, professora auxiliar com deficiência visual para alunos com deficiência visual na escola Bengala Branca. A própria Djalo se formou na escola, passando a ganhar um diploma universitário.
Na Mariposa - outra escola da capital Bissau, que oferece educação direcionada para alunos surdos e mudos - o PAM está a formar jovens estudantes para a criação de uma horta escolar. Suas colheitas de frutas e vegetais adicionam diversidade nutricional às refeições escolares - e apoiam esforços governamentais mais amplos para introduzir programas de saúde e nutrição nas escolas.
"Eu costumava perder alunos porque eles abandonavam a escola para ir trabalhar para se alimentar", diz o diretor da Mariposa, Amaré Soares.
"Mas agora, com a ajuda deste programa, para além da formação técnica que recebem na escola, os alunos sabem como criar e manter uma horta para as suas próprias refeições".
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História
15 December 2023
"Procuro sempre satisfazer as necessidades da minha família"
Logo pela manhã, homens, mulheres e jovens de trinta tabancas do setor de Catió, região de Tombali, deslocaram-se à comunidade de Timbó para participar do oficial do programa-piloto de transferência monetária na Guiné-Bissau, como parte do projeto conjunto de proteção social.
Muitos deles participaram do recenseamento realizado em agosto de 2023 para identificar agregados familiares mais vulneráveis à insegurança alimentar, choques económicos e climáticos, especialmente mulheres e pessoas com deficiência.
Na Guiné-Bissau, os impactos socioeconómicos da COVID-19, combinados com a crise na Ucrânia e os efeitos da ação climática, evidenciam a extrema fragilidade e inadequação do sistema de proteção social do país. Atualmente, no país, menos de 5% dos trabalhadores dos setores público e privado têm acesso à segurança social, deixando todos os outros para trás.
Como muitos outros chefes de família, Mafudge carrega o fardo de continuar a sustentar sua família em meio às dificuldades encontradas com o aumento generalizado dos preços dos produtos alimentares e a pobre campanha da castanha de caju.
"Disseram-nos para usar o dinheiro para o que mais precisamos, em termos de alimentos e outras coisas assim. Então, agora, pretendo gastar o dinheiro com isso, porque todos na Guiné-Bissau sabemos que a situação não é muito boa."
Mafudge ficou cego há cinco anos. Ele é pai de dois filhos e vive na casa de sua família com eles, sua esposa, mãe e irmãos. Ele conta que muitas vezes enfrenta muitas dificuldades, mas como chefe de família tudo depende dele: "a saúde dos meninos, a esposa, a mãe e a escola dos meninos".
"Tenho uma família e não quero que sofram em momento algum", acrescenta Mafudge, "procuro sempre satisfazer as necessidades da minha família ". Com o programa piloto de transferência monetária do Fundo Conjunto para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a família de Mafudge e outras famílias das três regiões mais vulneráveis da Guiné-Bissau poderão receber dinheiro para atender às suas necessidades imediatas por um período de três meses, que vai de outubro a novembro de 2023.
O programa-piloto de transferência monetária foi lançado a 21 de setembro de 2023. É parte do projeto conjunto de proteção social financiado pelo Fundo Conjunto para ODS e implementado pelo Ministério da Ação Social, Família e Promoção da Mulher, PAM, UNICEF, UNFPA, sob a coordenação do Escritório do Coordenador Residente do Sistema das Nações Unidas na Guiné-Bissau.
O projeto de proteção social visa reforçar a capacidade das instituições nacionais para desenvolver, implementar, financiar e fornecer um sistema de proteção social sensível aos choques.
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História
19 September 2023
Empreendedores do agronegócio iniciam programa de aceleração de negócios em Bissau, Cacheu e Bissorã
Quintino Cumatcha, é um dos pequenos empreendedores selecionados para o Programa de Aceleração de Negócios, em busca de novos conhecimentos a serem agregados ao próprio negócio, neste caso, de cria e venda de frangos e ovos, com sede no sector de São Domingos.
Diz que é o melhor exemplo que pode "dar para si e os outros, trabalhando e progredindo na sua própria terra."
Quer com a Cumatcha Nutrição, sua empresa, disponibilizar aos consumidores, frangos e ovos produzidos localmente, em condições higiénicas e com uma excelente relação preço/qualidade, apostando na distribuição e entrega regular e no sistema de pagamento por telemóvel, para tornar o produto acessível a qualquer cliente, poupando-lhes tempo nas deslocações ao aviário.
Quintino já foi imigrante clandestino e paralelamente a sua atividade avícula, participa ativamente em campanhas de sensibilização e palestras sobre a prevenção da emigração clandestina, desde que regressou a Guiné-Bissau em 2017. Foi a caminho da Líbia, que teve o seu primeiro contacto com a indústria avícula, em Uagadugu, no Burkina Faso, onde trabalhou numa fábrica de frangos e ovos. Dando-se de caras com a escravidão na Líbia, só dois anos depois consegue regressar a sua terra e guardando a sua única experiência positiva, procura o Centro de Promoção e Desenvolvimento Avicultora Familiar, CEDAVES, onde recebe formação e hoje dá assistência técnica a 20 pequenos avicultores nas regiões de Gabú, Bissau e sector de São Domingos.
Diz que foi uma aventura que não aconselharia a ninguém, que viu de tudo, por isso aconselha os jovens a trabalharem na sua própria terra, a apostarem nas suas próprias ideais e sonhos.
O projeto WACOMP-GB está a implementar através de dois IDEA[JD1] (Inovação, Desenvolvimento e Empreendedorismo para Todos) Centers, da Agência Nacional de Empreendedorismo Juvenil (ANEJ) e da Organização Não Governamental (ONG) Ajuda de Desenvolvimento de Povo para Povo (ADPP), um Programa de Aceleração de Negócios destinado aos participantes da 1ª edição do seu Programa de Incubação online, IDEA APP Guiné-Bissau 2022. Os 20 beneficiários selecionados, de um total de 42 possíveis que graduaram do programa de incubação, são os empreendedores com projetos de negócio com maior potencial de sucesso de acordo com critérios como o talento, modelo de negócio, inovação, potencial de escala e impacto.
O processo consiste em realizar um diagnóstico estratégico do empreendimento existente, analisando o Mercado, áreas de gestão como Organização, Produção e Serviços; Logísticas, Instalações e Equipamentos; Recursos Humanos e Formação; Área Comercial e Marketing e a Situação Económica e Financeira e desenvolvendo uma análise SWOT e o modelo de negócios Canvas.
Uma vez aprovado pelo empreendedor, é elaborado o plano de aceleração do negócio com a definição do principal objetivo da estratégia de desenvolvimento, estabelecimento de objetivos específicos por área de gestão (indicadores e metas) e identificação de atividades, incluindo ganhos rápidos (quick-wins). O apoio à implementação é a última fase deste processo de aceleração de negócios e inclui apoio técnico nas atividades e apoio na monitorização e controle da execução.
O programa de aceleração do projeto WACOMP-GB foi iniciado em 3 de Julho e a sua conclusão está prevista para o o dia 31 de Outubro, data de termino do projeto.
O programa de aceleração contribui para o alcance dos ODS, nomeadamente, na eliminação da pobreza (ODS 1), na erradicação da fome, alcance da segurança alimentar, melhoria da nutrição e promoção da agricultura sustentável (ODS 2), na promoção do crescimento econômico inclusivo e sustentável, o emprego pleno e produtivo e o trabalho digno para todos (ODS 8) e na construção de infraestruturas resilientes, promoção da industrialização inclusiva e sustentável e fomento da inovação (ODS 9).
#ActNow for the #GlobalGoals
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História
19 September 2023
“Devemos interpretar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável baseando na nossa cultura e realidade” jornalista Sérgia Nrani
"Devemos interpretar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) baseando na nossa cultura e realidade! Podemos utilizar a cultura nos objectivos relacionados com a sustentabilidade, cidades sustentáveis, a preservação do meio ambiente. Existem na Guiné-Bissau uma cultura em todas as etnias para a preservação do mato, podemos utilizar isso como vantagem em fazer com que as pessoas entendam estes objectivos. Estamos a interpretar esses objectivos como europeus, e nós não somos europeus! A maioria da nossa população não tem um nível académico, e para os fazer entender os ODS, vamos ter que utilizar o que temos: nossa cultura, a nossa tradição” defendeu jornalista da Rádio Jovem, Sérgia Nrani.
Sérgia é uma dos trinta jornalistas guineenses que participaram no dia 12 de setembro numa consulta sobre como podem contribuir para acelerar a Agenda 2030 no país. . A consulta enquadra-se na campanha global em defesa da aceleração dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
A consulta contou com a presença do Secretário de Estado da Comunicação Social, Francisco Muniro Conté, e de altos dirgentes da comunicação social guineense.
“Uma das coisas que aprendi hoje foi como contar histórias, implicando os ODS. Devemos contar histórias que humanize mais as pessoas e devemos mostrar o impacto que as acções da ONU têm nas suas vidas”adiantou a jornalista Sérgia.
O professor António Nhaga e presidente da Ordem dos Jornalistas considera o género interpretativo como o melhor para abordar os ODS e influenciar os cidadãos: “Os jornalistas devem usar o género interpretativo que tem vários elementos como grandes reportagens, entrevistas ou seja devem fazer investigações”.
“Eu acho que é muito importante que os jornalistas conheçam esses objetivos a fim de sensibilizar o público através de debates televisivos e radiofónicos” defendeu Diana Vaz, repórter da Radio Sol Mansi.
“Poderá não ser até 2030, mas acho que vamos conseguir atingir os ODS. Vejo o interesse dos meus colegas jornalistas a informar-se mais sobre o assunto, e os cidadãos também têm demonstrado interesse em saber o que isso significa, e quais são os riscos ou benefícios de atingir os ODS. Na televisão onde trabalho, temos um programa denominado “Ambientalmente” que tem o objetivo de educar, sensibilizar as pessoas para proteger o meio ambiente para as gerações futuras”, opinou Ivna dos Santos, diretora de produção da Katumbi TV.
Os jornalistas consideram que o país não está a cumprir com os ODS devido a falta de uma interpretacão baseada na sua realidade, e outros opinam que o governo da Guiné-Bissau deveria dar à imprensa guineense uma função - a de socializar o cidadão, que pode resultar num mercado de ideias, ou seja na concretização da liberdade de expressão.
“Isso é uma das outras razões que pode contribuir para a não realização dos ODS no país”, avaliou o professor Nhaga.
Os participantes esperam interações contínuas com a ONU que levem aos avanços da Agenda 2030 fazendo o cidadão comum conhecer os objectivos e consequentemente exigir o cidadão governante, solicitaram apoios financeiros para fazer reportagens, esperam também mais partilhas de documentos sobre agenda 2030, aconselharam realizações de debates nas escolas e universidades.
Também, consideram que a ONU deve aumentar o seu acompanhamento ao governo no cumprimento dos ODS. Os profissionais de comunicação social esperam que a ONU transforme a imprensa em fonte aberta, ou seja, na partilha de press kits de conteúdos sobre os ODS e aconselharam monitorar a imprensa regularmente.
O momento alto do encontro foi a assinatura do compromisso da promoção e defesa da aceleração dos ODS na Guiné-Bissau pelos diretores dos órgãos da comunicação social.
Para fortalecer as suas capacidades e conhecimentos, os 30 participantes receberam o relatório da revisão nacional sobre o progresso da implementação dos ODS na Guiné-Bissau, guias sobre comunicação climática, guia sobre saúde e direitos das mulheres e uma tabela sobre a interligação dos ODS e com os ODS.
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Comunicado de Imprensa
18 April 2024
Sob o lema “Promoção da eficiência e da produtividade nos sectores agrícolas de África parcerias estratégicas, maiores investimentos e o poder das tecnologias digitais”
18 de abril de 2024, Rabat - Os níveis de fome em África aumentaram nos últimos dois anos, devido aos efeitos persistentes da pandemia da COVID-19, aos conflitos em curso, à crise climática e aos choques económicos, mas as possibilidades do continente são vastas e o otimismo sobre as oportunidades que se avizinham é evidente, afirmou hoje QU Dongyu, Diretor-Geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), na 33.ª Sessão da Conferência Ministerial Regional da FAO para África(ARC33)."África possui a maior área de terra arável de todos os continentes e é abundante em recursos naturais", afirmou. "Os jovens de África têm um potencial extraordinário."Para avançar com a agenda regional incorporada em compromissos conjuntos como a Declaração de Maputo e a Declaração de Malabo, será necessário traçar um novo rumo, juntos e agora, para transformar os sistemas agroalimentares do continente, disse Qu, apelando a "parcerias estratégicas, maiores investimentos e aproveitamento do poder das tecnologias digitais para impulsionar a eficiência e a produtividade nos setores agrícolas de África".A fome em África atingiu 19,7 por cento em 2022, o dobro da taxa global e um aumento em relação aos 17 por cento antes da pandemia e aos 14,8 por cento estimados em 2012. Além disso, 868 milhões de africanos, 61% da população, não tinham acesso a alimentos adequados em 2022, e cerca de 146 milhões de pessoas em 36 países poderão ter enfrentado uma situação de segurança alimentar aguda. (IPC3 ou superior). Ao mesmo tempo, as taxas de fome variam enormemente em África, com taxas baixas em países como a Argélia e o Gana e taxas próximas ou mesmo superiores a 50 por cento noutros, como Madagáscar e a República Centro-Africana."É preciso ter e ajudar a agricultura", afirmou o Primeiro-Ministro de Marrocos, Aziz Akhannouch, no seu discurso de abertura, durante o qual descreveu os investimentos plurianuais substanciais do Reino no reforço da irrigação e da eficiência hídrica, bem como outras iniciativas agro-alimentares que melhoraram os rendimentos rurais. "Colocar o investimento no centro da equação agrícola" é também fundamental para o plano Geração Verde de Marrocos, promovido pelo Rei Mohammed VI, afirmou o Primeiro-Ministro.O ARC33 permite consultas de alto nível para identificar as principais prioridades na Região a serem tidas em conta na preparação do Programa de Trabalho e Orçamento da FAO para o próximo biénio.As Quatro Betes - Melhor produção, melhor nutrição, melhor ambiente e uma vida melhor - são os pontos cardeais do Quadro Estratégico 2022-31 da FAO e o roteiro para sistemas agroalimentares mais eficientes, mais inclusivos, mais resilientes e mais sustentáveis. Não se trata apenas de uma visão, mas de um apelo à ação", afirmou o Diretor-Geral.Tirar partido das oportunidadesEmbora os conflitos prolongados constituam um grande obstáculo ao progresso e imponham um pesado fardo às populações rurais, tal como os impactos da crise climática, África alberga muitas das economias de crescimento mais rápido do mundo e a mudança emergente para uma zona de comércio livre continental promete reforçar o seu potencial, tornando-a um destino natural para os investimentos.36 países da África Subsariana já aderiram à Iniciativa "Hand-in-Hand" da FAO e os planos de investimento para a região ultrapassam agora os 12 mil milhões de dólares. Dez países da região estão atualmente a participar na Iniciativa 1000 Aldeias Digitais da FAO, 29 na iniciativa Um País, Um Produto Prioritário da FAO e 16 implementaram o Sistema de Gestão da Informação Agrícola (AIMS). A FAO também mobilizou mais de 91 milhões de dólares do Fundo Mundial para o Ambiente e do Fundo Verde para o Clima para projectos em África. Estes números destacam o sucesso da FAO na criação de uma colaboração eficaz e estratégica com parceiros técnicos e de recursos no país e permitem um maior dinamismo e agilidade no futuro.O Diretor-Geral destacou uma série de iniciativas inovadoras da FAO na região, incluindo uma que utiliza drones para fornecer células germinativas de qualidade para a reprodução de gado no Ruanda, outra que utiliza as larvas de moscas negras para transformar resíduos alimentares em fertilizante orgânico na Costa do Marfim e outra que utiliza a sequenciação de ADN para garantir a integridade das mudas de abacate na República Unida da Tanzânia. Mais destaques locais são detalhados aqui. Qu instou os ministros a utilizarem o ARC33 para trocar conhecimentos e melhores práticas, de modo a permitir que cada país assuma a sua própria liderança na transformação do seu sistema agroalimentar. A FAO está pronta para continuar a apoiar essas jornadas, acrescentou.A Conferência Regional apresenta vários eventos especiais, incluindo mesas redondas ministeriais que irão investigar tecnologias emergentes, estratégias de resiliência climática, dinâmicas de mercado, o potencial dos alimentos aquáticos, mecanização agrícola, digitalização, políticas inclusivas que capacitam mulheres e jovens, desafios da biodiversidade, desertificação e estratégias de desenvolvimento da pecuária.A Guiné-Bissau está representada na conferência de Marrocos pela Ministra da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Sra Fatuma Djau Balde. Resources for mediaARC33 websiteARC33 conference documentsARC33 livestreamContacts Zoie JonesFAO Regional Office for Africa CommunicationsZoie.Jones@fao.org Twitter/X: @FAOAfricaLina Touri FAO MoroccoCommunications Lina.Touri@fao.org Twitter/X: FAOMaroc
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Comunicado de Imprensa
08 April 2024
Libertar o potencial de África através da transformação dos sistemas agro-alimentares e do reforço das capacidades
Este mês, os Ministros da Agricultura de toda a África reunir-se-ão em Marrocos para a 33ª Sessão da Conferência Ministerial Regional da FAO para África (ARC33), de 18 a 20 de abril. Trata-se de um momento crucial para a ação colectiva. Exorto as nações africanas a aproveitarem a dinâmica da transformação dos sistemas agro-alimentares para obterem benefícios a nível da segurança alimentar e da nutrição, da economia e da igualdade, do ambiente e da resiliência.Na FAO, delineamos a nossa visão estratégica para os próximos anos através do Quadro Estratégico da FAO 2022-2031, que se centra nos Quatro Melhores: melhor produção, melhor nutrição, melhor ambiente e uma vida melhor, sem deixar ninguém para trás.Os Four Betters não são apenas uma visão, são um apelo à ação. São as vias através das quais os países podem transformar os sistemas agro-alimentares de modo a torná-los mais eficientes, mais inclusivos, mais resilientes e mais sustentáveis, a fim de cumprirem os compromissos assumidos no âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e da agenda pós-Malabo.Ao incentivar uma melhor produção através de meios como a mecanização, a digitalização, a industrialização agroalimentar e a irrigação ecológica, as nações africanas podem aumentar a produtividade e a eficiência e reforçar a resiliência à crise climática.Mais de mil milhões de africanos não podem ter uma dieta saudável, o que é simplesmente inaceitável. Ao encorajar uma melhor nutrição, a FAO está a trabalhar com os países e outros parceiros para tornar as dietas saudáveis económicas e acessíveis a todos.Um melhor ambiente é essencial para as condições de vida e o futuro a longo prazo de África. Ações como as realizadas no âmbito da Grande Muralha Verde e da Iniciativa Cidades Verdes da FAO estão a ajudar a recuperar terras degradadas, a promover uma utilização sustentável dos solos, a adaptar-se à crise climática e a apoiar sistemas alimentares urbanos sustentáveis.Uma vida melhor para todos pode ser alcançada através da resolução do problema da migração forçada, da transformação rural inclusiva, do empoderamento das mulheres e da criação de oportunidades de trabalho significativas com e para a juventude africana. Se não deixarmos ninguém para trás, podemos construir uma África mais equitativa e próspera para todos.África é um continente de enormes oportunidades. A África domina a lista das 20 economias de crescimento mais rápido do mundo e a Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA) promete impulsionar o comércio intra-africano e estimular ainda mais o crescimento económico. O continente é rico em recursos naturais. Possui também a maior parte das terras aráveis e a sua crescente população jovem possui vastas capacidades, ainda não plenamente realizadas, nomeadamente enquanto agentes de mudança e adoptantes precoces de tecnologias e inovações.Os conflitos constituem um importante obstáculo ao progresso. A paz e a estabilidade são essenciais para o desenvolvimento sustentável, e a FAO está empenhada em apoiar os esforços para reduzir os conflitos, em particular os que são desencadeados pela competição por recursos naturais, e para criar resiliência face à adversidade. Ao abordar as causas profundas da fome e da pobreza, podemos lançar as bases para uma paz e uma prosperidade duradouras.A paz é uma condição prévia para a segurança alimentar e o direito à alimentação é um direito humano fundamental.A crise climática também não pode ser ignorada. A transformação dos sistemas agro-alimentares oferece não só uma oportunidade para atenuar os impactos das alterações climáticas, mas também para inverter alguns dos danos já causados.A Conferência Ministerial Regional da FAO para África constitui uma das principais plataformas continentais para os governos africanos partilharem as suas perspetivas e experiências sobre a implementação da transformação dos sistemas agro-alimentares e o reforço das capacidades.Marrocos é uma inspiração neste domínio. A nação tem demonstrado um progresso notável no avanço do setor agrícola como um motor fundamental do crescimento económico. A modernização e diversificação da produção agrícola de Marrocos exemplifica a sua liderança na região, tal como o Salão Internacional da Agricultura em Marrocos (SIAM), que se realizará imediatamente após o ARC33.Se quisermos corrigir o rumo em África, é necessário fazer as coisas de forma diferente. As soluções da ciência, da tecnologia digital e da inovação oferecem um potencial estimulante. O sucesso requer um esforço coletivo dos governos, das organizações da sociedade civil, do setor privado, dos parceiros da ONU e das comunidades locais. Em fevereiro e março, realizaram-se consultas com a sociedade civil, incluindo organizações de agricultores, e com o setor privado. As suas recomendações ajudarão a moldar os debates na Conferência.O sucesso também depende de parcerias estratégicas e de maiores investimentos. Através da Iniciativa Mão-na-Mão da FAO, estamos a promover parcerias estratégicas entre países e investidores para desbloquear os estrangulamentos na produção e no comércio agrícolas. No último biénio, a FAO mobilizou mais de 900 milhões de dólares para os sistemas agro-alimentares em África, mais de 60% acima do nosso objetivo. Neste biénio, o nosso objetivo é ainda maior.Muitas vezes, África apresenta duas faces ao mundo: uma caracterizada por estereótipos de pobreza e fome, e outra, um reflexo autêntico deste continente tão diversificado e vibrante. Ao aproveitarem o poder da ciência e da tecnologia, permitindo políticas e investimentos responsáveis, as nações africanas podem revelar a verdadeira face do continente - uma terra de abundância, de resiliência, dinâmica e de oportunidades. Vamos abraçar esta face e trabalhar juntos na transformação dos sistemas agro-alimentares para uma melhor produção, uma melhor nutrição, um melhor ambiente e uma vida melhor, sem deixar ninguém para trás.Fim
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Comunicado de Imprensa
08 April 2024
Libertar o potencial de África através da transformação dos sistemas agro-alimentares e do reforço das capacidades
Este mês, os Ministros da Agricultura de toda a África reunir-se-ão em Marrocos para a 33ª Sessão da Conferência Ministerial Regional da FAO para África (ARC33), de 18 a 20 de abril. Trata-se de um momento crucial para a ação colectiva. Exorto as nações africanas a aproveitarem a dinâmica da transformação dos sistemas agro-alimentares para obterem benefícios a nível da segurança alimentar e da nutrição, da economia e da igualdade, do ambiente e da resiliência.Na FAO, delineamos a nossa visão estratégica para os próximos anos através do Quadro Estratégico da FAO 2022-2031, que se centra nos Quatro Melhores: melhor produção, melhor nutrição, melhor ambiente e uma vida melhor, sem deixar ninguém para trás.Os Four Betters não são apenas uma visão, são um apelo à ação. São as vias através das quais os países podem transformar os sistemas agro-alimentares de modo a torná-los mais eficientes, mais inclusivos, mais resilientes e mais sustentáveis, a fim de cumprirem os compromissos assumidos no âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e da agenda pós-Malabo.Ao incentivar uma melhor produção através de meios como a mecanização, a digitalização, a industrialização agroalimentar e a irrigação ecológica, as nações africanas podem aumentar a produtividade e a eficiência e reforçar a resiliência à crise climática.Mais de mil milhões de africanos não podem ter uma dieta saudável, o que é simplesmente inaceitável. Ao encorajar uma melhor nutrição, a FAO está a trabalhar com os países e outros parceiros para tornar as dietas saudáveis económicas e acessíveis a todos.Um melhor ambiente é essencial para as condições de vida e o futuro a longo prazo de África. Ações como as realizadas no âmbito da Grande Muralha Verde e da Iniciativa Cidades Verdes da FAO estão a ajudar a recuperar terras degradadas, a promover uma utilização sustentável dos solos, a adaptar-se à crise climática e a apoiar sistemas alimentares urbanos sustentáveis.Uma vida melhor para todos pode ser alcançada através da resolução do problema da migração forçada, da transformação rural inclusiva, do empoderamento das mulheres e da criação de oportunidades de trabalho significativas com e para a juventude africana. Se não deixarmos ninguém para trás, podemos construir uma África mais equitativa e próspera para todos.África é um continente de enormes oportunidades. A África domina a lista das 20 economias de crescimento mais rápido do mundo e a Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA) promete impulsionar o comércio intra-africano e estimular ainda mais o crescimento económico. O continente é rico em recursos naturais. Possui também a maior parte das terras aráveis e a sua crescente população jovem possui vastas capacidades, ainda não plenamente realizadas, nomeadamente enquanto agentes de mudança e adoptantes precoces de tecnologias e inovações.Os conflitos constituem um importante obstáculo ao progresso. A paz e a estabilidade são essenciais para o desenvolvimento sustentável, e a FAO está empenhada em apoiar os esforços para reduzir os conflitos, em particular os que são desencadeados pela competição por recursos naturais, e para criar resiliência face à adversidade. Ao abordar as causas profundas da fome e da pobreza, podemos lançar as bases para uma paz e uma prosperidade duradouras.A paz é uma condição prévia para a segurança alimentar e o direito à alimentação é um direito humano fundamental.A crise climática também não pode ser ignorada. A transformação dos sistemas agro-alimentares oferece não só uma oportunidade para atenuar os impactos das alterações climáticas, mas também para inverter alguns dos danos já causados.A Conferência Ministerial Regional da FAO para África constitui uma das principais plataformas continentais para os governos africanos partilharem as suas perspetivas e experiências sobre a implementação da transformação dos sistemas agro-alimentares e o reforço das capacidades.Marrocos é uma inspiração neste domínio. A nação tem demonstrado um progresso notável no avanço do setor agrícola como um motor fundamental do crescimento económico. A modernização e diversificação da produção agrícola de Marrocos exemplifica a sua liderança na região, tal como o Salão Internacional da Agricultura em Marrocos (SIAM), que se realizará imediatamente após o ARC33.Se quisermos corrigir o rumo em África, é necessário fazer as coisas de forma diferente. As soluções da ciência, da tecnologia digital e da inovação oferecem um potencial estimulante. O sucesso requer um esforço coletivo dos governos, das organizações da sociedade civil, do setor privado, dos parceiros da ONU e das comunidades locais. Em fevereiro e março, realizaram-se consultas com a sociedade civil, incluindo organizações de agricultores, e com o setor privado. As suas recomendações ajudarão a moldar os debates na Conferência.O sucesso também depende de parcerias estratégicas e de maiores investimentos. Através da Iniciativa Mão-na-Mão da FAO, estamos a promover parcerias estratégicas entre países e investidores para desbloquear os estrangulamentos na produção e no comércio agrícolas. No último biénio, a FAO mobilizou mais de 900 milhões de dólares para os sistemas agro-alimentares em África, mais de 60% acima do nosso objetivo. Neste biénio, o nosso objetivo é ainda maior.Muitas vezes, África apresenta duas faces ao mundo: uma caracterizada por estereótipos de pobreza e fome, e outra, um reflexo autêntico deste continente tão diversificado e vibrante. Ao aproveitarem o poder da ciência e da tecnologia, permitindo políticas e investimentos responsáveis, as nações africanas podem revelar a verdadeira face do continente - uma terra de abundância, de resiliência, dinâmica e de oportunidades. Vamos abraçar esta face e trabalhar juntos na transformação dos sistemas agro-alimentares para uma melhor produção, uma melhor nutrição, um melhor ambiente e uma vida melhor, sem deixar ninguém para trás.Fim
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Comunicado de Imprensa
05 April 2024
Pastoralismo e Transumância em debate na região de Gabu
Durante dois dias, os participantes abordarão o quadro jurídico sobre pastoralismo na África Ocidental e na Guiné-Bissau, bem como a situação do pastoralismo nas regiões de Bafata e Gabu. Troca de experiências e cobranças ilícitas aos pastores transumantes e roubo de gado, fazem parte dos pontos em análises na formação que termina amanhã, 5 de abril.A iniciativa da FAO e os seus parceiros, UN HABIT, UNFPA, enquadra-se no âmbito da implementação do projecto de gestão pacífica e inclusiva dos recursos naturais nas regiões de Bafata e Gabu. O projeto conta com o poio financeiro do Fundo das Nações Unidas para a Consolidação da PAZ-PBF.
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Comunicado de Imprensa
27 March 2024
FAO, NA LINHA DA FRENTE COM OS DESAFIOS E OPORTUNIDADES NA CADEIA DE VALOR DE CAJU NA GUINÉ-BISSAU, NO ÂMBITO DA INICIATIVA “OCOP”, (UM PAÍS, UM PRODUTO PRIORITÁRIO)
A cadeia apresenta característica de semi-extrativismo, pois baseia-se na sua maioria na recolha das castanhas caídas no chão, oriundos de cajueiros com baixa produtividade e reduzido a nível tecnológico de manejo. Baseada na necessidade de construir um ambiente favorável ao desenvolvimento da cadeia de valor do caju, a FAO Guiné-Bissau, através do seu Programa de Cooperação Técnica, está engajado em desenvolver um planeamento estratégico de recuperação de áreas improdutivas, transformação da castanha e do pedúnculo em produtos de valor agregado para ser comercializado de forma local e até para a exportação. Neste particular, a FAO juntamente com os seus parceiros, pretende gerar oportunidades para os agricultores e suas famílias, com a possibilidade de aumentar a renda e a geração de alimentos saudáveis. Para a materialização deste projecto, a FAO, já iniciou a elaboração do projecto assim como a formação da equipa envolvida. Um dos objectivos da FAO é apoiar a produção de plantas melhoradas, capacitação de agricultores em técnica de produção, instalação de pomares de demonstração cajueiros de alta produção, instalação de 1 hectare de cajueiro irrigado, apoio ao manejo e controle de pragas e doenças, formação na transformação e aproveitamento integral do caju. Na primeira reunião com os parceiros será apresentado vários produtos derivados do caju que poderão ser transformados localmente, garantindo assim a geração de alimentos saudáveis e a sustentabilidade familiar. Essas ações contribuem para a meta 2 do ODS de competência da FAO, para a erradicação da fome ou seja, “fome zero” e agricultura sustentável, no âmbito do Quadro de Cooperação das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável para da Guiné-Bissau. A FAO está disponível para apoiar os esforços do Governo, contribuir para a valorização da agricultura familiar sustentável, aumento da renda, a geração de alimentos saudáveis e a proteção do meio ambiente.
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