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02 abril 2025
Mensagem do secretário-geral da ONU, António Guterres, para o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, assinalado em 25 de novembro.
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28 março 2025
A Guiné-Bissau valida o seu plano nacional de implementação da Convenção da Água
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26 março 2025
Guiné-Bissau realiza seminário para validar plano nacional de gestão de recursos hídricos
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Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em Guiné-Bissau
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Estes são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão contribuindo a fim de que possamos atingir a Agenda 2030 na Guiné-Bissau.
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17 março 2025
Governo e ONU reforçam cooperação para o desenvolvimento sustentável da Guiné-Bissau
O Governo da Guiné-Bissau e as Nações Unidas reuniram-se no dia 11 de março, para avaliar o estado de implementação do Quadro de Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável no país. O encontro, copresidido pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades, Carlos Pinto Pereira, pelo Ministro da Economia, Plano e Integração Regional, Soares Sambú, e pela Coordenadora Residente da ONU na Guiné-Bissau, Geneviève Boutin, teve como objetivo reforçar a parceria estratégica e definir novas diretrizes para os próximos anos.Durante a reunião, foram discutidos temas como a revisão dos Termos de Referência do Comité de Pilotagem, a criação de um comité técnico unificado, a preparação do próximo Quadro de Cooperação e a validação do Plano de Trabalho Anual da ONU para 2025/2026. Carlos Pinto Pereira destacou que as prioridades estratégicas do Governo no Quadro de Cooperação devem ser mantidas, sublinhando que os resultados esperados estão a ser gradualmente alcançados. "Agora, é essencial consolidar esses avanços. Para isso, propomos ampliar a participação governamental, incluindo o Ministério da Administração Territorial na Prioridade 1 e o Ministério da Educação na Prioridade 3", afirmou. Por sua vez, o Ministro da Economia, Soares Sambú, enfatizou a importância do recenseamento nacional em curso. "Esta iniciativa é vital para termos dados atualizados e precisos, que orientarão as políticas públicas e ajudarão na tomada de decisões informadas. Isso permitirá uma melhor focalização e maior eficácia das ações tanto do Governo como dos nossos parceiros", afirmou.Geneviève Boutin, Coordenadora Residente da ONU na Guiné-Bissau, alertou sobre a escassez de recursos: "Devemos reconhecer que os nossos recursos estão se tornando cada vez mais escassos. É imperativo que reduzamos coletivamente os gastos com as operações da ONU. Também precisamos melhorar o desempenho das iniciativas e focar no impacto. Mais importante ainda, devemos canalizar nossos recursos para iniciativas que beneficiem diretamente o povo da Guiné-Bissau."Compromissos assumidosAo final da reunião, o Governo e a ONU definiram um conjunto de compromissos para fortalecer a cooperação:Aprovação do Plano de Trabalho da ONU para 2025-2026; A preparação de um roteiro para o novo quadro de cooperaçãoCriação de um único comité técnico, com inclusão de organizações infantis e de defesa das pessoas com deficiência; Melhoria da coordenação e da periodicidade das reuniões do Comité de Pilotagem; Apoio ao retiro entre o Governo e as organizações da sociedade civil;A preparação de um roteiro para o novo quadro de cooperaçãoAssinatura do projeto de resposta às inundações.Com essas decisões, as autoridades guineenses e a ONU reafirmam seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e a implementação de políticas inclusivas para o futuro do país.#ForPeopleForPlanet
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03 junho 2024
Relatório Anual das Nações Unidas na Guiné-Bissau 2023
O trabalho do Sistema das Nações Unidas em 2023 destaca a importância da parceria e da ação coletiva para enfrentar desafios multifacetados. Através dos nossos esforços conjuntos, o sistema da ONU na Guiné-Bissau fez progressos em várias áreas, contribuindo diretamente para o bem-estar do povo da Guiné-Bissau e trabalhando para a realização da Agenda 2030 e dos seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).O relatório retrata o terceiro ano de implementação do Quadro de Cooperação do Desenvolvimento Sustentável, a ONU gastou US$ 52 milhões na Guiné-Bissau durante o ano de 2023, na forma de assistência técnica, fortalecimento da capacidade das instituições estatais, apoio a políticas e estratégias, gestão de conhecimento, prestação de serviços e apoio financeiro, usando as prioridades estratégicas delineadas no Quadro de Cooperação 2022-2026.Uma conquista notável no âmbito deste Quadro de Cooperação, foi o apoio do sistema das Nações Unidas para a organização bem-sucedida das eleições legislativas, realizadas a 4 de junho de 2023.Destacamos aqui algumas realizações:A ONU elaborou um manual sobre o tráfico de pessoas com o objetivo de reforçar as capacidades dos profissionais do sistema de justiça penal. A assistência da ONU reforçou as competências técnicas de 40 mulheres membros de partidos políticos em matéria de discurso público, estratégia de campanha política e liderança feminina. Como resultado, 11 mulheres foram recentemente eleitas para o parlamento em 2023.Com a assistência das Nações Unidas, 200 organizações da sociedade civil participaram e defenderam a realização de eleições justas, transparentes e pacíficas e a participação das mulheres nas eleições legislativas de junho de 2023.A contribuição da ONU permitiu ao governo registar 893.618 eleitores individuais para as eleições legislativas de 2023.Em Gabú, as Nações Unidas reforçaram a capacidade técnica de 27 agentes da polícia em matéria de direitos LGBT, igualdade e não-discriminação, bem como de luta contra a violência baseada no género.A ONU apoiou três documentos políticos destinados a reforçar as políticas nacionais em matéria de resistência às alterações climáticas e de acesso à energia.Com o financiamento da ONU, foram distribuídas 150 toneladas de arroz para aumentar a segurança alimentar a nível comunitário. A ONU forneceu 142.150 toneladas de arroz e 15.550 toneladas de batata-doce às cantinas escolares geridas pela ONU, gerando uma receita de 77.819.000 francos CFA. Mais de metade dos fornecedores que participaram eram mulheres. Com a ajuda da ONU, mais de 58.000 pequenos agricultores (47% dos quais eram mulheres) receberam recursos agrícolas vitais.Com o financiamento da ONU, foram reforçadas as capacidades técnicas de 588 indivíduos (75% dos quais eram mulheres) na temática de adaptação às alterações climáticas, em três distritos.Os esforços da ONU resultaram na organização, por parte do governo e dos parceiros de desenvolvimento, de um Fórum Nacional de Revitalização dos Cuidados de Saúde Primários para recentrar o Plano Nacional de Desenvolvimento da Saúde, a fim de acelerar o progresso em direção ao ODS 3.A ONU apoiou a capacidade do Ministério da Educação para elaborar uma Política Nacional de Professores. Esta deverá melhorar a afetação eficiente e equitativa de professores em 2024 e gerir e supervisionar eficazmente cerca de 12.500 docentes. Com o apoio da ONU, o Ministério da Mulher, da Família e da Solidariedade Social intensificou os seus esforços para combater as práticas nocivas contra as crianças. Duplicou a comunicação de incidentes desde 2022, com 728 casos comunicados em 2023. Foram notificados 140 sobreviventes de violência sexual e 67 casos de casamento infantil. Além disso, 118 casos foram geridos pelo sistema judicial. Através de iniciativas apoiadas pela ONU para combater a MGF, o casamento infantil e a violência contra as crianças, 60.000 indivíduos em 132 comunidades foram apoiados para participarem num diálogo transformador. A ONU apoiou o governo na validação e divulgação da primeira política e plano de ação de proteção da criança. Um novo Código de Proteção da Criança foi apresentado ao Parlamento para aprovação.Com o apoio da ONU, foram distribuídos 1,3 milhões de redes mosquiteiras em 2023, contribuindo para as campanhas sazonais de prevenção da malária que beneficiaram 120.000 crianças. 91% dos casos de malária receberam tratamento adequado. , filtered_html
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História
18 março 2025
A terra que renasce: A perspetiva da comunidade de Gandua-Can após a inauguração da barragem
Em Gandua-Can, a terra sempre foi o sustento da comunidade. Por gerações, a bolanha garantiu o arroz que alimentava as famílias e gerava renda para mulheres e homens da região. Mas, quando a barragem que controlava as águas se deteriorou, o ciclo da lavoura foi quebrado, e as dificuldades começaram.A luta diária para sobreviver levou muitos a buscar outras formas de sustento. Mama Jassi, de 45 anos, agricultora de Can, viveu essa realidade na pele."Antes, tínhamos muito arroz. Eu podia até oferecer sacos de arroz, não havia dificuldades. Mas desde que a bolanha estragou, só Deus sabe o que passei. Quando chovia, não tínhamos onde plantar. Para conseguir dinheiro, ia comprar peixe no porto e vendia fora. Mas isso era muito cansativo. Eu queria continuar na lavoura, mas sem água para irrigação, o trabalho ficou ainda mais difícil."Sem a barragem, as mulheres continuaram a lavrar como podiam, mas o esforço era dobrado e o retorno cada vez menor. Algumas buscaram alternativas, como a venda de peixe e a produção de óleo de palma, mas a terra continuava sendo sua maior esperança."Eu já não consigo carregar peixe na cabeça para vender. Quero trabalhar na lavoura, como sempre fiz, mas precisamos de mais apoio para facilitar nosso trabalho." A Chegada da mudança: A reabilitação da barragem de Gandua-CanFoi nesse cenário que, em novembro de 2024, o Projeto de Apoio ao Desenvolvimento Econômico das Regiões do Sul (PADES), financiado pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e promovido pelo Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, deu início à reconstrução da barragem de Gandua-Can.A restauração da barragem trouxe vida nova para a comunidade. Agora, 280 hectares de bolanha foram recuperados, beneficiando seis tabancas e impactando diretamente 952 pessoas, incluindo 126 agricultores. O controle da água voltou a ser possível, permitindo que o arroz cresça novamente em condições favoráveis."Agora, trabalharei ainda mais do que antes," afirma Mama Jassi. "Mas ainda precisamos de ajuda. Se tivermos máquinas para lavoura, poderemos produzir com mais facilidade e menos esforço físico.” A perspetiva de um novo futuroPara Chico Cá, de 52 anos, agricultor e delegado regional de Quinara, a nova barragem representa uma conquista importante, mas ele sonha com ainda mais avanços."Antes, caminhávamos até três quilômetros para procurar outra bolanha para cultivar. Agora, com a barragem restaurada, podemos trabalhar aqui, perto de casa. Mas precisamos de uma segunda bolanha ainda maior, a Bolanha de Can, para que mais famílias possam beneficiar-se." Além disso, a barragem trouxe outro benefício fundamental: o controle da vegetação que tomava conta da bolanha. Sem irrigação adequada, as palhas cresceram descontroladamente, tornando o cultivo ainda mais difícil."Se deixarmos a água na bolanha por um mês, ela matará as palhas. Antes, perdíamos muito tempo limpando a terra antes de plantar. Agora, o trabalho será mais rápido."Chico também vê a barragem como uma oportunidade para garantir um futuro melhor para seus filhos."Se eu conseguir produzir arroz suficiente para comer e vender, poderei pagar os estudos dos meus filhos. Quero que eles estudem e tenham uma vida melhor, que possam ser alguém no futuro, como diretores ou até ministros."A força das mulheres na agriculturaMesmo com a barragem restaurada, uma coisa não mudou: são as mulheres que continuam a carregar o peso do trabalho na lavoura."Os terrenos são dos nossos maridos, mas somos nós que lavramos," conta Mama Jassi.Além da lavoura, as mulheres também têm o desafio de sustentar seus filhos e garantir sua educação. Para isso, elas buscam diversificar suas fontes de renda e melhorar sua produção agrícola."Quando lavramos e colhemos, levamos comida para a mesa. Os homens comem o arroz que nós plantamos," diz Mama.As mulheres da comunidade trabalham sob sol forte, plantam e colhem manualmente. Elas pedem acesso a equipamentos modernos, sementes de qualidade e treinamentos que possam facilitar o trabalho e aumentar a produtividade.Juventude e agricultura: oportunidades para o amanhãPara Emílio Alberto Alves Cá, de 37 anos, agricultor e estudante, a barragem representa uma oportunidade para os jovens."Se produzirmos nosso arroz aqui, poderemos economizar o dinheiro do caju para pagar os estudos dos nossos filhos, irmãos e até os nossos próprios estudos." Antes da barragem, ele precisava caminhar quatro quilômetros todos os dias para conseguir trabalhar na lavoura. Hoje, com a infraestrutura restaurada, a vida mudou.Mas ele também destaca que conhecimento é essencial para o futuro da agricultura."Queremos aprender mais sobre a bolanha, entender a lama, saber qual semente plantar. O governo pode nos ajudar colocando jovens para estudar mais sobre agricultura."Os jovens da comunidade querem trabalhar, aprender e contribuir para o crescimento da produção agrícola, mas precisam de mais oportunidades e formação técnica. Unidos pelo desenvolvimento sustentávelApesar das dificuldades, a solidariedade sempre manteve a comunidade de Quinara e Tombali unida."Se um tinha arroz e outro não, nós dividíamos," conta Chico Cá. "Se alguém precisava de ajuda, ajudávamos. É assim que sobrevivemos até aqui."Agora, com a barragem de Gandua-Can restaurada, os agricultores têm uma nova missão: garantir que essa estrutura seja bem cuidada para que continue beneficiando futuras gerações."Temos que tratar essa barragem com respeito. Se estragarmos, seremos nós que sofreremos novamente," alerta Chico.O Caminho adianteA restauração da barragem de Gandua-Can devolveu esperança e oportunidades às famílias da região. Mas há desafios a superar: falta de insumos, necessidade de máquinas, acesso à formação técnica e a busca por novas bolanhas.Os agricultores, no entanto, estão prontos para trabalhar. Eles sabem que a terra voltou a lhes dar uma chance e que, com dedicação, poderão transformar essa oportunidade em um futuro melhor para suas famílias e suas comunidades."Queremos trabalhar. Queremos produzir. Queremos que nossos filhos tenham um futuro melhor," conclui Chico Cá.A terra de Gandua-Can renasceu – e com ela, a esperança de um amanhã mais próspero e sustentável para toda a região. , filtered_html
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25 julho 2024
O Poder de Bentana: Inovação Ambiental e Ecológica de Dembo Mané
Filho de mecânico e camponês, Dembo cresceu em uma oficina, aprendendo com seus pais e tios. “Sou uma das vozes que lutam para combater as mudanças climáticas,” diz ele, demonstrando a paixão que move sua jornada. O projeto “Puder di Bentaba” nasceu da crise provocada pela pandemia de COVID-19 e pela guerra na Ucrânia, que exacerbou a insegurança alimentar na África. Ao perceber a necessidade urgente de transformar o agronegócio, Dembo decidiu apostar na piscicultura, especificamente na produção de farinha de tilápia, localmente conhecida como bentana. “A tilápia é uma das maiores fontes de proteína animal e ajuda na redução de problemas cardiovasculares e anemia,” explica Dembo, destacando o valor nutricional de seu produto. Dembo iniciou sua trajetória empreendedora enquanto ainda estudava. Motivado por um relatório das Nações Unidas sobre a insegurança alimentar, ele começou a pesquisar e desenvolver seu projeto. Sua dedicação o levou a participar de uma competição organizada pelo PNUD, onde foi selecionado para uma formação em Benim. Esta oportunidade foi crucial para o desenvolvimento de seu projeto, permitindo-lhe adquirir conhecimentos e técnicas avançadas em piscicultura.Ao retornar à Guiné-Bissau, Dembo integrou suas ações como ativista ambiental, lutando para combater as mudanças climáticas e o êxodo rural. “Nosso slogan é ‘Sem azul, não há verde’,” afirma Dembo, ressaltando a importância de proteger os recursos marinhos para garantir a sustentabilidade da vida terrestre. Ele conseguiu colocar seu produto na loja local “Kussas di Tchon” na feira de praça, no centro de Bissau, custando 2500 francos CFA, e também exportá-lo para Portugal, onde é vendido a um preço superior devido aos custos adicionais.Membro de Painel de Auscultação de Jovens, uma estrutura juvenil dentro do PNUD que serve de elo entre a juventude e o Sistema das Nações Unidas. A notoriedade de seu projeto levou Dembo a receber convites para eventos internacionais. Ele foi selecionado duas vezes para participar da Nairobi Summer School of Justice Climatics, organizada pelo Instituto Panafricano de Justiça Climática, PACJA, e também recebeu um convite do Instituto Inter-regional de Investigação sobre Crime e Justiça das Nações Unidas (UNICRI) para um evento em Dakar sobre extremismo violento e mudanças climáticas. No entanto, devido a dificuldades burocráticas, ele não pôde participar da primeira edição. Mesmo assim, sua determinação permanece inabalável.“O caminho faz-se caminhando,” diz Dembo, refletindo sobre seu percurso cheio de desafios e superações. Ele lembra das adversidades que enfrentou, desde críticas na infância até noites sem dormir para realizar seus sonhos. Sua força de vontade e a inspiração que recebeu de seu pai, um modelo de resiliência, o mantêm firme em sua missão. Dembo Mané é um exemplo inspirador de como um jovem pode transformar desafios em oportunidades e contribuir significativamente para a sustentabilidade ambiental e a segurança alimentar de sua comunidade. “Quero continuar a sonhar e não vou parar de sonhar,” conclui ele, reafirmando seu compromisso com um futuro melhor para a Guiné-Bissau e além. , filtered_html
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24 julho 2024
Princípios Globais para a Integridade da Informação
Após uma ampla série de consultas com os Estados-membros, o setor privado, lideranças jovens, mídia, academia e sociedade civil, a ONU lançou em junho de 2024 seus Princípios Globais das Nações Unidas para a Integridade da Informação. O documento lista recomendações para uma ação urgente destinada a reduzir os danos causados pela propagação da desinformação e do discurso de ódio. As recomendações buscam promover espaços de informação mais saudáveis e seguros que defendam os direitos humanos, sociedades pacíficas e um futuro sustentável. No lançamento dos Princípios, o secretário-geral da ONU, António Guterres, fez um apelo urgente aos governos, às empresas de tecnologia, aos anunciantes e ao setor de relações públicas que assumam a responsabilidade pela disseminação e monetização de conteúdo que resultam em danos. Os Princípios Globais para a Integridade da Informação abordam também os riscos impostos pelo avanço da Inteligência Artificial (IA). A tradução do documento em português foi preparada pelo Escritório da Coordenadora Residente da ONU no Brasil e o Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio). Para saber mais, leia também o Informe do secretário-geral da ONU sobre Integridade da Informação nas Plataformas Digitais, de junho de 2023, disponível em português na página da ONU Brasil. , filtered_html
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02 abril 2025
Mensagem do secretário-geral da ONU, António Guterres, para o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, assinalado em 25 de novembro.
A epidemia de violência contra as mulheres e as raparigas envergonha a humanidade.Todos os dias, em média, 140 mulheres e raparigas são mortas por alguém da sua própria família.Cerca de uma em cada três mulheres é vítima de violência física ou sexual.Não há país ou comunidade que não seja afetado. E a situação está a piorar.As crises de conflito, o clima e a fome agravaram as desigualdades. A terrível violência sexual está a ser utilizada como arma de guerra.E as mulheres e as raparigas enfrentam uma torrente de misoginia em linha. A situação é agravada por uma crescente reação negativa aos direitos das mulheres e das raparigas. Com demasiada frequência, as proteções legais estão a ser revogadas, os direitos humanos estão a ser espezinhados e os defensores dos direitos humanos das mulheres estão a ser ameaçados, assediados e mortos por se manifestarem.Precisamos de uma ação urgente em prol da justiça e da responsabilização e de apoio à defesa dos direitos humanos.Vamos unir forças para acabar com o flagelo da violência contra as mulheres e as raparigas em todo o lado.#naotemdesculpa #noexcuses #16days, filtered_html
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01 abril 2025
A Guiné-Bissau valida o seu plano nacional de implementação da Convenção da Água
“Os nossos dois principais rios, o Rio Geba e o Rio Corubal, são partilhados com o Senegal e a Guiné. 80% da água potável disponível para a população de Bissau provém de um aquífero partilhado, o Bassin Aquifère Sénégalo Mauritanien. A cooperação com os nossos países vizinhos é, por conseguinte, crucial”, sublinhou o Ministro dos Recursos Naturais da Guiné-Bissau, Malam Sambu, num seminário nacional sobre a validação do plano nacional de aplicação da Convenção da Água, que decorre esta semana em Bissau. Num contexto de pressão crescente sobre os recursos hídricos devido aos impactos das alterações climáticas, da poluição e da urbanização crescente, a Guiné-Bissau enfrenta atualmente uma série de desafios no que diz respeito à gestão sustentável dos recursos hídricos. A necessidade de reforçar a monitorização quantitativa e qualitativa dos recursos hídricos para prevenir, controlar e reduzir os possíveis impactos transfronteiriços é um deles. A importância de revitalizar o sistema de governação da água a nível nacional e transfronteiriço, através de quadros jurídicos atualizados e instituições reforçadas, é outro. Para fazer face a estes desafios, as autoridades, sob a liderança do Ministério dos Recursos Naturais, validaram um plano nacional de aplicação da Convenção sobre a Proteção e Utilização dos Cursos de Água Transfronteiriços e dos Lagos Internacionais (Convenção da Água, gerida pela UNECE). Na sequência da sua adesão em 2021 e apoiada pela cooperação pioneira na Bacia Aquífera Senegalo-Mautiraniana, a Guiné-Bissau avançou com a implementação da Convenção e deu início, em fevereiro de 2024, ao desenvolvimento de um plano nacional de implementação da Convenção, com o apoio do Secretariado da Convenção da Água. O exercício permitiu ao país identificar as atuais lacunas e desafios na implementação das obrigações da Convenção, bem como as oportunidades, abrangendo aspetos jurídicos, administrativos, económicos, sociais e ambientais.Os principais ministérios sectoriais e parceiros técnicos e financeiros ativos no país participaram na discussão, fazendo deste workshop um marco importante na implementação da Convenção da Água. O Sr. Mahamane Touré, do Centro de Gestão dos Recursos Hídricos (CGRE) da CEDEAO, lembrou ainda que “a ratificação e a implementação da Convenção da Água é uma oportunidade para todos os países. Na África Ocidental, com exceção de Cabo Verde, todos os Estados partilham pelo menos uma bacia hidrográfica com os seus vizinhos e a CEDEAO, através do CGRE, está a apoiar os Estados a gerir melhor os seus recursos hídricos transfronteiriços.”O Ministro Sambu salientou que o plano nacional de implementação pode ser utilizado para explorar o apoio técnico e financeiro que pode ser mobilizado, confirmando assim o papel catalisador da Convenção da Água. O workshop foi também uma oportunidade para ouvir os parceiros técnicos e financeiros ativos no país e na região, tais como o sistema das Nações Unidas, a União Europeia, Portugal e o escritório regional da União Internacional para a Conservação da Natureza. Os parceiros técnicos e financeiros apresentaram os seus projetos e atividades em curso relacionados com o sector da água na Guiné-Bissau e manifestaram o seu interesse em apoiar determinados eixos temáticos do plano de execução. A estreita colaboração entre os ministérios, nomeadamente entre o Ministério dos Recursos Naturais e os responsáveis pelas finanças e pelo planeamento, foi igualmente sublinhada como uma dimensão crucial. Geneviève Boutin, Coordenadora Residente das Nações Unidas, salientou que “a água, enquanto recurso, é fundamental para o desenvolvimento, a dignidade humana e a cooperação regional”. O apoio prestado pelo Secretariado da Convenção da Água à Guiné-Bissau para o desenvolvimento da sua estratégia de implementação e plano de ação foi possível graças às contribuições financeiras de Portugal, da Alemanha e da União Europeia. Para além disso, a CEDEAO e a UNICEF desempenharam um papel fundamental no apoio à organização de reuniões e consultas técnicas. Esta colaboração realça a capacidade da Convenção da Água para mobilizar parceiros em apoio aos esforços dos países para melhorar a gestão sustentável dos seus recursos hídricos partilhados.Crédito da foto: PNUDGuinea Bissau validates its national implementation plan for the Water Convention | UNECE , filtered_html
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26 março 2025
Guiné-Bissau realiza seminário para validar plano nacional de gestão de recursos hídricos
O Governo da Guiné-Bissau, em parceria com o Secretariado da Convenção da Água das Nações Unidas, promove nos dias 26 e 27 de março de 2025, em Bissau, um Seminário Nacional sobre a Validação do Plano Nacional de Implementação da Convenção sobre a Proteção e Utilização dos Cursos de Água Transfronteiriços e Lagos Internacionais. O evento reunirá autoridades governamentais, especialistas e parceiros internacionais para validar o plano nacional de implementação da Convenção da Água de 1992. A Guiné-Bissau é um país com abundantes recursos hídricos, partilhando importantes cursos de água transfronteiriços, como o rio Geba-Kayenga, com o Senegal, e o rio Koliba Corubal, com a Guiné-Conacri. Além disso, a nação depende da Bacia Aquífera Senegal-Mauritana (SMAB), compartilhada com a Gâmbia, Mauritânia e Senegal. Diante dessas interdependências, a cooperação internacional é considerada fundamental para garantir a gestão sustentável e o acesso equitativo aos recursos hídricos.Desde sua adesão à Convenção da Água, em 14 de junho de 2021, a Guiné-Bissau tem avançado na implementação das diretrizes do acordo. O desenvolvimento do Plano Nacional de Implementação, iniciado em fevereiro de 2024, conta com apoio técnico do Secretariado da Convenção da Água e financiamento de Portugal e Alemanha. A iniciativa também recebe suporte da CEDEAO e da UNICEF, garantindo um processo inclusivo e participativo., filtered_html
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20 março 2025
Guiné-Bissau deve priorizar água e saneamento, alerta especialista da ONU
No dia 19 de março, num evento realizado no Hotel Ceiba, o sr. Pedro Arrojo-Agudo, o relator especial para os direitos humanos, apresentou os primeiros resultados da sua missão oficial à Guiné-Bissau sobre o acesso à água e ao saneamento. O especialista apelou ao governo para que priorize urgentemente estes serviços essenciais para melhorar a qualidade de vida da população, especialmente mulheres e crianças. 𝐀 𝐫𝐞𝐚𝐥𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞: Apenas 𝟐𝟒% 𝐝𝐚 𝐩𝐨𝐩𝐮𝐥𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 tem acesso a serviços de água potável geridos de forma segura. Muitas mulheres e raparigas enfrentam longas caminhadas diárias para obter água, que muitas vezes 𝐧𝐚̃𝐨 𝐞́ 𝐬𝐞𝐠𝐮𝐫𝐚 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐬𝐮𝐦𝐨. 𝐏𝐫𝐢𝐧𝐜𝐢𝐩𝐚𝐢𝐬 𝐝𝐞𝐬𝐚𝐟𝐢𝐨𝐬 𝐝𝐞𝐬𝐭𝐚𝐜𝐚𝐝𝐨𝐬 𝐧𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐟𝐞𝐫𝐞̂𝐧𝐜𝐢𝐚: - Falta de água potável e instalações sanitárias em escolas e hospitais- Alto índice de doenças como diarreia e malária devido à contaminação da água- Impacto das alterações climáticas e risco de salinização dos aquíferos- Necessidade de fortalecer a gestão comunitária e local do setor𝐎 𝐜𝐚𝐦𝐢𝐧𝐡𝐨 𝐚 𝐬𝐞𝐠𝐮𝐢𝐫:- Priorizar o financiamento nacional para água e saneamento- Proteger aquíferos e melhorar infraestruturas- Sensibilizar para a cloração da água- Reforçar os programas comunitários bem-sucedidosEste apelo foi feito no final de uma missão oficial dedicada ao acesso à água potável e ao saneamento. O sr. Pedro Arrojo-Agudo é o Relator Especial sobre os direitos humanos à água e ao saneamento. Estes especialistas são denominados Procedimentos Especiais do Conselho dos Direitos Humanos – um grupo de especialistas independentes, nomeados pelo Conselho, que atuam de forma voluntária e não são funcionários da ONU.A garantia de água potável e saneamento para todos é um direito humano fundamental e está no centro do 𝐎𝐛𝐣𝐞𝐭𝐢𝐯𝐨 𝐝𝐞 𝐃𝐞𝐬𝐞𝐧𝐯𝐨𝐥𝐯𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐒𝐮𝐬𝐭𝐞𝐧𝐭𝐚́𝐯𝐞𝐥 𝟔 (ODS 6) da ONU.#direitoàágua #ODS6, filtered_html
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História
18 março 2025
Reabilitação da Bolanha de Gandua-Can: Um Marco para a Agricultura e Segurança Alimentar na Guiné-Bissau
A Coordenadora Residente da ONU, juntamente com o Governo da Guiné-Bissau, em parceria com o FIDA, inaugura a bolanha reabilitada e modernizada de Gandua-Can, na região de Tombali.No dia 16 de março de 2025, a bolanha de Gandua-Can, situada na zona sul do país, foi oficialmente entregue, marcando um novo capítulo para a agricultura e a segurança alimentar da região. Construída originalmente em 1980, a bolanha sofreu degradação severa ao longo dos anos devido às fortes chuvas e marés. Agora, com este investimento, 952 pessoas e 126 agricultores terão melhores condições para cultivar suas terras e garantir sustento para suas famílias.Este projeto, realizado pelo FIDA através do PADES, reafirma o compromisso das Nações Unidas em apoiar a Guiné-Bissau na luta contra a pobreza rural, promovendo oportunidades, especialmente para mulheres e jovens. - 280 hectares recuperados� - 6 tabancas beneficiadas� - 1.013 metros de barragem construídosA cerimônia contou com a presença da Coordenadora Residente das Nações Unidas, Senhora Genevieve Boutin, do Primeiro-Ministro, do Ministro da Economia, Planificação e Integração Regional, da Ministra da Agricultura, bem como do Governador da Região de Quinará, António Mustafa Djaló, da Governadora da Região de Tombali, Aminata Sila, e de representantes das comunidades de Catio e Empada. Agora, o desafio é garantir a gestão sustentável dessa infraestrutura e continuar investindo na capacitação dos agricultores e no acesso a equipamentos modernos. Juntos, seguimos construindo um futuro mais próspero e sustentável para a Guiné-Bissau! , filtered_html
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Comunicado de Imprensa
18 dezembro 2024
Dia Internacional dos Migrantes
Globalmente, estima-se que mais de 3 bilhões de pessoas sejam deslocadas, com 3,1 bilhões precisando de proteção ao longo das rotas de migração e 1,5 bilhão precisando de apoio para garantir uma jornada de migração segura. Migrantes e pessoas deslocadas internamente continuam entre as populações mais vulneráveis e grupos marginalizados na sociedade, frequentemente enfrentando abuso e exploração. Eles frequentemente enfrentam desafios como acesso restrito a serviços básicos, incluindo assistência médica, risco de exploração e estigma e discriminação persistentes. Além disso, muitos trabalhadores migrantes são empregados em empregos temporários, informais ou não regulamentados, deixando-os mais suscetíveis à insegurança, perda de emprego e más condições de trabalho. No entanto, este dia também destaca as contribuições inestimáveis dos migrantes, reconhecendo seu papel significativo em vários setores e seu impacto positivo nas sociedades em todo o mundo.A migração é parte integrante da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que articula vários dos vínculos entre migração e desenvolvimento sustentável e reconhece que os migrantes devem ser levados em consideração como parte dos esforços para não deixar ninguém para trás.A OIM sabe que a migração tem o poder de transformar a vida de indivíduos, suas famílias, suas comunidades e sociedades para melhor. É claro que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável não podem ser alcançados sem uma migração segura, ordenada e regular. Por esse motivo, nossa visão é cumprir a promessa da migração, ao mesmo tempo em que apoiamos os mais vulneráveis do mundo. O Pacto Global para Migração Segura, Ordenada e Regular (GCM) fornece uma estrutura e orientação valiosas para aproveitar o potencial da mobilidade humana e capitalizar totalmente as oportunidades que ela oferece.Nesta ocasião, a Organização Internacional para as Migrações (OIM), como a principal agência internacional em migração, reconhece as dificuldades que os migrantes enfrentaram em 2024 em sua busca por segurança, dignidade e melhores condições de vida. Apesar dos esforços globais, desafios significativos persistem.Ao longo de 2025, a OIM continua comprometida em abordar dinâmicas migratórias complexas e promover migrações seguras, ordenadas e regulares. A organização continuará trabalhando para maximizar os benefícios da migração para migrantes, bem como para países de origem, trânsito e destino, salvando vidas e protegendo pessoas em movimento; impulsionando soluções para deslocamento e facilitando caminhos para migração regular.Isso exigirá:• Reduzir a desigualdade dentro e entre países (Objetivo 10) e contribuir para o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável (Objetivo 8) por meio de caminhos seguros de migração de mão de obra, meios de subsistência sustentáveis e trabalho decente;• Garantir que a migração seja sempre uma escolha, criando um mundo mais pacífico (Objetivo 16) e facilitando a migração segura, ordenada e regular no contexto da ação climática (Objetivo 13);• Facilitar acordos entre Estados para garantir a coerência da política de migração (Objetivo 17) e incluir migrantes em políticas e esquemas de proteção social (Objetivo 1) e de saúde (Objetivo 3).Neste Dia Internacional dos Migrantes, e todos os dias, a OIM reafirma seu compromisso de continuar trabalhando com as autoridades e parceiros nacionais para promover uma gestão humana e ordenada da migração para o benefício de todos, fortalecendo os esforços coletivos para melhorar a governança da migração e abordando os desafios que os migrantes enfrentam., filtered_html
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Comunicado de Imprensa
05 dezembro 2024
“Os voluntários representam o melhor da humanidade”, afirma o Secretário-Geral na mensagem para o Dia Internacional
A tarefa de construir um mundo melhor pertence a todas as pessoas.No Dia Internacional dos Voluntários para o Desenvolvimento Económico e Social, homenageamos as mulheres e os homens que dedicam o seu tempo, energia e competências para tornar o nosso mundo um lugar mais saudável, pacífico e humano para todos.Quer respondam a catástrofes naturais, apoiem comunidades em conflito ou trabalhem para aliviar a pobreza, o altruísmo e a coragem dos voluntários brilham. E recordam-nos que mesmo os actos mais pequenos têm o poder de mudar vidas.Os nossos próprios Voluntários das Nações Unidas trabalham para promover a paz, a justiça e a igualdade em 169 países de todo o mundo. Este espírito de solidariedade é a força vital do Pacto para o Futuro - adotado em setembro nas Nações Unidas. O Pacto ilumina um caminho a seguir baseado na confiança e na cooperação.Os voluntários encarnam o melhor da humanidade. Neste dia importante, inspiremo-nos no seu exemplo e decidamos fazer a nossa parte para ajudar a construir um mundo melhor para todos.Observações oficiaisPara os meios de informação. Não é um registo oficial.https://press.un.org/en/2024/sgsm22482.doc.htm, filtered_html
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Comunicado de Imprensa
16 outubro 2024
DISCURSO DO DIRETOR-GERAL DA FAO, QU DONGYU, POR OCASIÃO DO DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO
O tema do Dia Mundial da Alimentação deste ano é “O direito à alimentação para uma vida e um futuro melhores”. Este tema vem recordar oportunamente o direito de todos a uma alimentação adequada.Mas como é que podemos pôr isto em prática? Porque é que é tão importante assegurar não só uma alimentação adequada, mas também uma diversidade de regimes alimentares? É por isso que utilizo o termo “alimentos” no plural. Temos de nos concentrar nesta diversidade, bem como na disponibilidade, acessibilidade e preço acessível dos produtos alimentares para todos.Atualmente, do ponto de vista calórico, a agricultura produz alimentos mais do que suficientes para alimentar toda a população mundial. No entanto, cerca de 730 milhões de pessoas passam fome em resultado de catástrofes naturais ou provocadas pelo homem, incluindo conflitos, perturbações climáticas repetidas, desigualdade e recessão económica.Milhares de milhões de pessoas não têm acesso a alimentos saudáveis Há uma outra realidade muito dura: mais de 2,8 mil milhões de pessoas não têm meios para se alimentar de forma saudável, o que constitui uma das principais causas de todas as formas de subnutrição. Em suma, quase um terço da população mundial não consome os nutrientes e micronutrientes de que necessita para se desenvolver e, nalguns casos, para sobreviver. Consequentemente, é urgente melhorar a qualidade de vida de cerca de metade da população mundial.Para o bem comum, uma maior diversidade de alimentos nutritivos e acessíveis deve estar presente nos nossos campos, nas nossas redes de pesca, nos nossos mercados e nas nossas mesas. O desafio não consiste apenas em satisfazer as necessidades nutricionais da população, mas também em assegurar que os nossos sistemas agro-alimentares sejam eficientes, inclusivos, resistentes e sustentáveis. Os sistemas agro-alimentares são eficientes, inclusivos, resilientes e sustentáveis, de modo a poderem respeitar as culturas alimentares tradicionais e uma alimentação saudável baseada na ciência, sem se sobreporem às preferências pessoais.Outro elemento crucial é a saúde e a viabilidade a longo prazo do ambiente de que dependemos para produzir estes alimentos e que necessita de biodiversidade para prosperar.O direito à alimentação, por si só, não oferece uma solução direta para os problemas da fome e da diversidade alimentar. Mas ajuda-nos a definir as nossas aspirações colectivas para o tipo de mundo justo e equitativo em que queremos viver. Cria obrigações concretas que os governos e os principais parceiros devem cumprir e deve incentivar-nos a todos a fazer a nossa parte para tornar este mundo uma realidade.É por isso que temos de agir agora. O papel da FAONa Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), estamos a trabalhar para tornar este direito uma realidade, apesar de uma série de desafios. Nas zonas de conflito, o acesso aos alimentos é dificultado, conduzindo à subnutrição e à fome. Nestes e noutros focos de fome, a FAO está a trabalhar para reconstruir as infra-estruturas agrícolas, a fim de garantir a disponibilidade e a acessibilidade dos alimentos para uma segurança alimentar a longo prazo, utilizando todos os instrumentos e canais possíveis.Para além destas intervenções de emergência, os principais programas da FAO, como o Hand in Hand, One Country, One Priority Commodity, a Economia Azul e os programas de cooperação técnica, também têm como objetivo alcançar a segurança alimentar e a nutrição a médio e longo prazo numa série de países. Em muitas regiões, a evolução dos regimes alimentares e a concentração dos mercados provocada pela globalização agravaram os problemas de saúde, nomeadamente a obesidade e a diabetes. Os programas de alimentação escolar financiados pela FAO são essenciais na luta contra estes Estes programas de alimentação escolar financiados pela FAO são essenciais na luta contra estes desafios, uma vez que se abastecem de alimentos provenientes de agricultores locais e fornecem às crianças uma dieta nutritiva.Em muitos países, em todas as regiões, a FAO trabalha com os pescadores e as autoridades locais para alargar a proteção social e a inclusão económica às pessoas mais vulneráveis, ajudando-as a diversificar a sua produção, a criar outras fontes de rendimento e a ligar-se a novos mercados.A inflação pode tornar os alimentos inacessíveis, especialmente em tempos de instabilidade económica. Em alguns países africanos, por exemplo, as iniciativas da FAO proporcionam transferências monetárias às famílias mais pobres, ajudando-as a pagar os alimentos em caso de hiperinflação.A crise climática representa uma grande ameaça para a segurança alimentar mundial. As condições meteorológicas imprevisíveis e as catástrofes naturais podem ter efeitos devastadores nas culturas e no gado. Em alguns países asiáticos, por exemplo, a FAO introduziu técnicas agrícolas inteligentes em termos climáticos para ajudar os agricultores a adaptarem-se às alterações das condições meteorológicas, assegurando assim uma produção alimentar regular.Além disso, ao trabalhar em estreita colaboração com os governos, a FAO contribui para o desenvolvimento de quadros jurídicos e para a elaboração de políticas nacionais destinadas a garantir a segurança alimentar e a nutrição para todos. É necessária uma ação colectiva Os governos não são os únicos a quem apelamos para que se envolvam nesta batalha. Com a colaboração de todos os sectores e de todos os parceiros a nível mundial, quer se trate de governos, do sector privado, do meio académico, da sociedade civil ou de indivíduos, a ação colectiva pode, de facto, ser a força motriz de uma mudança profunda.Os jovens estão particularmente preocupados, porque um futuro seguro em termos de alimentação é um dos seus direitos. São eles que moldam o futuro e decidem o seu rumo. Todos os apelos da Cimeira do Futuro das Nações Unidas são determinados pelas suas acções. Os agricultores podem fazer a diferença praticando uma agricultura sustentável que enriqueça a biodiversidade e assegure uma gestão responsável dos recursos naturais. As empresas podem fornecer alimentos nutritivos e diversificados a preços mais acessíveis. As universidades e a sociedade civil podem responsabilizar os governos através da recolha de dados, da identificação de áreas a melhorar, da aplicação de soluções científicas e técnicas e da medição dos progressos realizados na consecução dos objectivos.A ciência e a inovação, como as tecnologias da informação, a biotecnologia, a inteligência artificial e a agricultura digital, serão a força motriz da transformação dos sistemas agro-alimentares.Por último, todos e cada um de nós, enquanto consumidores, podemos e devemos desempenhar o nosso papel na redução da “pegada alimentar”. Isto significa adotar um estilo de vida saudável, falar para influenciar as decisões, reduzir o desperdício alimentar e promover a diversidade alimentar.Neste Dia Mundial da Alimentação, reiteremos o nosso empenhamento na construção de sistemas agro-alimentares mais eficientes, inclusivos, resilientes e sustentáveis, que respeitem o direito de todos a uma alimentação variada e nutritiva.Juntos, podemos encontrar o caminho de volta à Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que é a nossa promessa colectiva de agir em prol da humanidade, do planeta e da prosperidade. Para tal, podemos transformar os sistemas agro-alimentares mundiais para alcançar as quatro melhorias - na produção, na nutrição, no ambiente e nas condições de vida - sem deixar ninguém para trás. Temos de atuar para o futuro. , filtered_html
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Comunicado de Imprensa
26 setembro 2024
Guiné-Bissau pede reforma econômica para reforçar luta contra exclusão social
No início do seu discurso na 79ª Assembleia Geral da ONU, o presidente de Guiné-Bissau afirmou que o mundo enfrenta “graves desafios” e que “a obrigação de seguir os princípios e cumprir as promessas da Carta das Nações Unidas pesa sobre os ombros de cada um de nós”.Umaro Sissoco Embaló disse que centenas de milhões de pessoas continuam vivendo na pobreza extrema, “sem os meios básicos de subsistência, sem esperança de um futuro melhor, sem dignidade humana”.Reconciliação NacionalPor isso, ele defendeu reformas na governança econômica e financeira global para que a luta contra a exclusão social seja mais eficiente e marcada por ações concretas. O líder guineense listou algumas ações tomadas a nível nacional.“Nós estamos muito empenhados na promoção no diálogo de reconciliação nacional, na consolidação da democracia e do Estado de Direito, bem como no desenvolvimento sustentável do nosso país. Apesar do impacto negativo da difícil situação econômica e financeira mundial, a economia guineense continua a crescer como resultado de políticas públicas acertadas”. Segundo ele, o país está promovendo uma maior participação de mulheres e jovens empreendedores e investindo na construção e melhoria de infraestrutura básica, como estradas.O presidente guineense mencionou ainda que o país está em “guerra à corrupção e ao crime organizado”, o que tem contribuído para “restaurar confiança nas relações com instituições financeiras internacionais”. Risco de expansão da maláriaSissoco Embaló defendeu uma reforma da arquitetura financeira internacional, que promova maior inclusão, especialmente da África, e considerar a importância do continente devido ao seu papel e contribuição para a economia mundial.Ele lembrou seu papel como Presidente dos Líderes Africanos na Aliança contra a Malária, dizendo que foram feitos progressos significativos. O líder da Guiné-Bissau ressaltou esforços para promover a produção de medicamentos e redes e a transferência de tecnologias para países africanos.No entanto, Sissoco Embaló disse que nos próximos três anos, a iniciativa terá um déficit de US$ 1,5 bilhões. Além disso, o aquecimento global e chuvas associadas com as alterações climáticas estão “expandindo o alcance geográfico dos mosquitos, expondo mais de 170 milhões de pessoas à ameaça da malária no continente africano”, acrescentou ele.Resolução de conflitosO presidente guineense disse que o país “continua firme” na política de construção da paz e resolução pacífica de conflitos na África Ocidental e no mundo em geral. Ele relatou visitas nos últimos meses na Rússia, Ucrânia, Israel e Palestina.Sissoco Embaló reafirmou a determinação do país em continuar a contribuir para o “fortalecimento da amizade entre países e povos”, para promover a cooperação internacional, multilateralismo, a resolução pacífica de conflitos, “o fim das guerras e sofrimento das populações inocentes, rumo à paz no mundo”.Ele também reiterou o apelo para que seja dado fim à situação “injusta e muito prejudicial de embargo” à qual Cuba tem sido submetida por décadas.
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Comunicado de Imprensa
23 setembro 2024
ONU adota Pacto para o Futuro para reformar multilateralismo
A Assembleia Geral da ONU adotou neste domingo o Pacto para o Futuro e seus anexos, o Pacto Digital Global e a Declaração sobre Futuras Gerações. O secretário-geral das Nações Unidas avalia que os documentos “resgatam o multilateralismo do abismo”.O texto foi aprovado por consenso após a sessão ouvir sobre a proposta de emenda apresentada por Belarus, Coreia do Norte, Irã, Nicarágua, Rússia e Síria, enviada na noite de sábado.Consenso na Assembleia GeralA emenda sugeria que as Nações Unidas deveriam “ser conduzidas por um processo de tomada de decisão intergovernamental e que [...] não devem interferir em assuntos que são essencialmente da jurisdição doméstica de qualquer Estado”.A República do Congo apresentou uma moção para que a emenda não fosse considerada, e esta foi aprovada com 143 votos. Sete Estados-Membros votaram contra e outros 15 se abstiveram. Assim, a sessão seguiu com a adoção consensual do Pacto para o Futuro final sem alterações.Após a aprovação do Pacto do Futuro, o presidente da 79ª sessão da Assembleia Geral, Philémon Yang, declarou que os participantes da Cúpula do Futuro se reúnem até segunda-feira para representar as pessoas em todo o mundo, unidos por aspirações comuns para o futuro.Recursos investidos em “morte e destruição”Na sequência, o chefe da ONU abriu oficialmente o evento afirmando que a Cúpula foi organizada porque o mundo está fora dos trilhos e precisa de “decisões difíceis para voltar ao rumo”.Para Guterres, o sistema de segurança coletiva está ameaçado por divisões geopolíticas, decisões nucleares e o desenvolvimento de novas armas e teatros de guerra. Ele adicionou que “recursos que poderiam trazer oportunidades e esperança são investidos em morte e destruição”.Com a implementação dos textos, o secretário-geral avalia que importantes reformas devem avançar, como no Conselho de Segurança, para endereçar a sub-representação da África, Ásia-Pacífico e América do Sul.Ele acrescentou que os documentos representam o primeiro acordo multilateral para o desarmamento nuclear em mais de uma década e trazem compromisso com medidas para evitar uma “corrida armamentista no espaço sideral e para controlar o uso de armas autônomas letais”.Pacto digital sugere esforços inéditosGuterres destacou que o Pacto Digital Global se baseia no princípio de que a tecnologia deve beneficiar a todos. Segundo ele, o texto traz o primeiro acordo universal sobre a governança internacional da Inteligência Artificial.Além disso, compromete os governos a estabelecer um Painel Científico internacional independente sobre IA e a iniciar um diálogo global sobre sua governança no âmbito das Nações Unidas.Já a Declaração sobre Gerações Futuras “ecoa o apelo da Carta das Nações Unidas para salvar as gerações seguintes do flagelo da guerra” e traz os compromissos de governos pela primeira vez leva em conta os interesses das jovens nas decisões tomadas.Direitos humanosSegundo o secretário-geral, o respeito aos direitos humanos, à diversidade cultural e à igualdade de gênero está presente em todos os três acordos.Guterres afirmou que diante do aumento da misoginia e do retrocesso dos direitos reprodutivos das mulheres, os governos se comprometeram a remover as barreiras legais, sociais e econômicas “que impedem que mulheres e meninas realizem seu potencial em todas as esferas”.Ele concluiu sua mensagem parabenizando os Estados-membros por tomarem o primeiro passo para implementar os pactos. Ele afirmou que a Cúpula do Futuro define um curso para a cooperação internacional atender as necessidades de paz, dignidade e prosperidade.Guterres afirmou que esse marco são ideias pelas quais ele vem lutando desde seu primeiro dia como secretário-geral e seguirá comprometido com a implementação até o fim de seu mandato. , filtered_html
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