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História
24 julho 2024
A voz dos jovens da Guiné-Bissau e de São Tomé e Príncipe
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26 junho 2024
Dia Mundial Contra as Drogas
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Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em Guiné-Bissau
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Estes são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão contribuindo a fim de que possamos atingir a Agenda 2030 na Guiné-Bissau.
Publicação
19 junho 2023
Boletim Informativo Conjunto do Sistema das Nações Unidas Guiné-Bissau - Edição Janeiro/Março
Trata-se de uma publicação trimestral, em que o nosso principal objectivo é informar o público guineense, em particular o governo, a sociedade civil, os parceiros, os doadores, os media, os jovens, as mulheres sobre o impacto do nosso trabalho na vida dos guineenses.
Os conteúdos ilustrados no boletim refletem as três prioridades do Quadro de Cooperação das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (2022-2026).
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Publicação
15 dezembro 2023
Boletim Oficial Conjunto das Nações Unidas na Guiné-Bissau/Edição II
Um resumo de algumas actividades de todo sistema da ONU na Guiné-Bissau, de abril a novembro.
Todas essas histórias estão interligadas com as três prioridades estratégicas do Quadro de Cooperação da ONU para o Desenvolvimento Sustentável.
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Publicação
04 agosto 2023
Relatório Anual das Nações Unidas na Guiné-Bissau 2022
Em 2022, o Sistema das Nações Unidas na Guiné-Bissau, com suas 10 agências especializadas, fundos e programas, trabalhou juntamente com o governo, as instituições judiciais e legistalivas, e com diversos parceiros para implementar iniciativas e projectos de cooperação em vários domínios.
O relatório marca o primeiro ano de implementação do Quadro de Cooperação do Desenvolvimento Sustentável, a ONU gastou US$ 48 milhões na Guiné-Bissau durante o ano de 2022, na forma de assistência técnica, fortalecimento da capacidade das instituições estatais e apoio financeiro, usando as prioridades estratégicas delineadas no Quadro de Cooperação 2022-2026.
Outra prioridade para o Sistema das Nações Unidas foi empenhar-se em fornecer apoio técnico e financeiro para a realização das eleições legislativas marcadas para 2023.
Principais realizações:
O governo apresentou ao Conselho Económico e Social pela primeira vez a sua Revisão Nacional Voluntária sobre o progresso de implementação dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.
Para melhorar a qualidade da justiça, as agências da ONU ofereceram formação a 137 advogados (35) mulheres e fortaleceram o sistema de Registro Civil e Estatísticas Vitais do governo, melhorando os sistemas de coleta de dados usados para reunir dados relevantes. Isso resultou em 17.375 (39% do total) registros de nascimento em instalações de saúde. Além disso, a ONU apoiou o Ministério da Justiça na integração do registro de nascimento em uma iniciativa de alcance da justiça comunitária móvel, que resultou no registro de 1.831 crianças.
Registou-se o aumento das capacidades e do acesso à justiça, ao apoio jurídico, aos direitos humanos e à igualdade de género: apoio ao funcionamento dos Centros de Acesso à Justiça no país: 8863 utentes acederam aos serviços dos CAJ em 2022.
A ONU apoiou a implementação de oito redes de apoio a sobreviventes de violência sexual e baseada no género (VSG), compostas por 276 profissionais, aumentou a disponibilidade de serviços para sobreviventes de VBG.
A ONU forneceu apoio técnico e financeiro que garantiu o acesso e aumentou a cobertura de vacinação, especialmente para crianças com menos de cinco anos de idade.
Crianças e adolescentes em 36 comunidades-alvo melhoraram o acesso a instalações de água potável, saneamento e higiene - a construção de 191 latrinas básicas o que levou 104 comunidades a se tornarem livres de defecação a céu aberto, beneficiando 20.936 pessoas.
O governo conseguiu comprar 477.620 toneladas de produtos locais alimentícios para as cantinas escolares e fortaleceu o empreendedorismo das cadeias de valor de alimentos e a criação de empregos.
Foram protegidas 1.000 hectares de cultivo de arroz em terras baixas contra os riscos climáticos, melhorou-se a segurança alimentar das comunidades locais e restaurou-se 121,5 hectares da área costeira por meio do uso sustentável da terra e do manejo florestal.
A ONU financiou a reabilitação de salas de parto em quatro regiões, como parte do apoio da ONU à saúde materna e neonatal, - como resultado, o centro de saúde de Buba registrou 0 mortes maternas ao longo do ano de 2022.
A ONU apoiou o Governo da Guiné-Bissau na mobilização da sociedade civil e apoiou as consultas nacionais para a Cimeira da Educação Transformadora, o que resultou no Compromisso Nacional da Guiné-Bissau com a Educação, que estipulou que o governo cumprisse metas claras de oferecer educação de qualidade, inclusiva e equitativa, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos, especialmente para meninas e grupos marginalizados.
Com a ajuda da ONU, mais de 170.000 alunos receberam alimentação escolar diária em suas escolas. Os recipientes de ração para levar para casa também aumentaram em 43% para incentivar a matrícula de crianças em idade escolar do sexo feminino. Como resultado, as taxas de frequência escolar aumentaram e os casos de casamento precoce diminuíram.
A ONU retomou o apoio às pessoas vivendo com HIV e AIDS (PVHIV), alcançando 960 beneficiários com alimentos nutritivos especializados e dobrando o número planejado de beneficiários recebendo tratamento para desnutrição aguda moderada.
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História
20 setembro 2023
Como um antigo sistema de produção de arroz está a salvar o ano seguinte nos campos-piloto conjuntos da FAO e do PAM em Guiné -Bissau
Djaja Baldé fala com dificuldade, é gaga, mas isso não lhe tira o brilho enquanto nos leva pelos campos que cultiva com a sua família de 17 pessoas:
“Olhem à vossa volta, vejam por vós próprios. Nunca, em todos os meus anos, tive tanto arroz”.
Estamos na região de Gabú, no leste da Guiné-Bissau, mais concretamente na tabanka de Sintchä Benfica. Nesta zona de maioria Fula e muçulmana vivem algumas das populações que enfrentam mais dificuldades no complexo mosaico social Bissau-Guineense. Foi uma das regiões escolhidas para pilotar a técnica da Intensificação Sustentável do Arroz (ISA), que já tinha levado a um aumento de quatro vezes na produtividade do arroz na sua fase experimental. Espera-se que o projecto-piloto forneça provas valiosas ao governo para apoiar a transição, a médio e longo prazo, para uma maior produtividade agrícola e uma melhor soberania alimentar.
No total, ao longo de 2022, 150 agricultores participaram neste projecto, co-financiado com 250.000 dólares pelo Fundo Conjunto para os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável e a FAO e implementado pela FAO com o PAM. Na sua aldeia, como chefe de família, Djaja fez parte de um grupo de 7 homens e 3 mulheres que receberam formação nas técnicas do Sistema de Intensificação do Arroz, envolvendo práticas diferentes dos modelos de produção ancestrais. Não se trata de práticas novas, nem de conhecimentos recentes. Acontece que, no final dos anos 90, quando esta sub-região africana recebeu apoio internacional para a instalação de campos-piloto, a Guiné-Bissau estava a sair da sua devastadora guerra civil - o país ficou à margem dos avanços verificados além-fronteiras.
Djaja não desarma e está visivelmente comovida:
“Este ano, a minha família vai comer bem, sem preocupações. Nunca mais voltarei atrás - utilizarei esta nova técnica até ao fim dos meus dias, até morrer!”
Até agora, duas comunidades na região de Bafatá, com melhores recursos hídricos e solos mais férteis, tiveram resultados excepcionais: 6 e 7 toneladas, respectivamente. A região sul de Quinará, considerada especialmente promissora para os arrozais de mangal, apresentou os resultados mais baixos: uma média de 2,1 toneladas por hectare. Já as comunidades da região de Gabú obtiveram uma média de 2,7. Isto fica muito aquém das 4 toneladas esperadas a nível nacional. Em termos gerais, os resultados representam, no entanto, a duplicação do volume das colheitas habituais. Em regiões onde a insegurança alimentar aguda mantém mais de 108.000 pessoas na necessidade de apoio alimentar imediato, compreende-se facilmente o alívio e a alegria que este facto causa.
Sobretudo numa altura em que se registam níveis históricos de inflação e aumento de preços, que têm vindo a agravar ainda mais as condições de vida de quem já enfrentava mais dificuldades e a colocar em risco a segurança de novos grupos sociais. Acresce que, numa região que se debate também com dificuldades na distribuição dos recursos hídricos, a redução de até cerca de 50% das necessidades de rega para o novo sistema de produção, face às técnicas ancestrais de produção de arroz, não deixa de ser um factor importante.
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História
04 março 2024
Cantinas escolares incentivam as crianças na zona leste a frenquetarem as salas de aulas
Na região de Gabu, setor de Pitchi, leste da Guiné-Bissau as crianças não são forçadas agora a frequentarem as salas de aulas como outrora devido as refeições oferecidas pelo Programa Alimentar Mundial, (PAM), no âmbito da cantina escolar. Esta realidade foi mesmo confirmada por Maimuna Balde, de 58 anos de idade, viúva há 20 anos e mãe de 7 filhos, membro da comunidade local, ressaltando que, apoio representa um alívio para as crianças e as suas famílias. “Isso, para nós que é mãe e viúva, é um grande alívio,” sublinhou Mainuma Baldé, que igualmente é Presidente da Associação das Mulheres Horticultoras do Sector de Pirada. Ainda, esta acção do PAM tem aumentado sobremaneira a escolarização e a permanência de crianças nas escolas, notou Maimuna Baldé, reconhecendo que, "as mulheres do sector de Pitchi, são trabalhadoras e dispõem de um campo de cultivo de produtos hortícolas. De acordo com Maimuna Baldé, graças uma grande quantidade de sementes que a comunidade recebe da Direcção Sectorial da Agricultura, com o apoio da FAO. Embora, o Sector de Pitche carece de água, frisou ela. A situação impede a comunidade local a produzir grande quantidade de produtos para fornecer o PAM, como sendo, o principal comprador dos produtos das mulheres horticultoras de Pitche. Face esta situação, Maimuna Baldé pediu as Nações Unidas para abrir linhas de crédito no sentido de apoiar as mulheres desenvolveram as suas actividades económicas, assim como, apoiar na construção de reservatórios de água. Maimuna Baldé falava á margem do primeiro fórum Sectorial de Diálogo entre criadores de gados e agricultores da região de Gabu, que conta com o apoio financeiro e técnico da FAO, através do Fundo para a Consolidação da Paz (PBF).
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História
24 julho 2024
A voz dos jovens da Guiné-Bissau e de São Tomé e Príncipe
Esta é a história de três Voluntários das Nações Unidas, Arminda Ceita, Hugo Robert Carnell e Joel Benguela D'Almeida, vivem na Guiné-Bissau e em São Tomé e Príncipe. Os três acreditam que investir nas competências dos jovens é vital para qualquer tipo de desenvolvimento sustentável no terreno. Estas são as reflexões dos seus serviços com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).Arminda Ceita é uma voluntária da UNICEF na Guiné-Bissau, responsável pelo envolvimento dos adolescentes. No seu trabalho voluntário, presta muita atenção à voz dos jovens e a um espaço seguro para a sua participação igualitária. Uma das áreas de serviço da Arminda é o bem-estar das raparigas adolescentes. Ela também promove a sensibilização para as alterações climáticas e a igualdade de género.Antes de se juntar à UNICEF na Guiné-Bissau, Arminda trabalhou com a UNICEF em São Tomé e Príncipe. Ela fez parte da plataforma U-Report, que tem mais de 12.000 jovens registados. Ela afirma, “Através do U-Report, os jovens podem aceder a informação relevante. Esta iniciativa garante que as suas vozes são ouvidas e que os seus direitos são protegidos.” Hugo Robert Carnell, Voluntário da ONU e Oficial de Juventude e Clima da Generation Unlimited com a UNICEF, apoia a sustentabilidade em São Tomé e Príncipe, trabalha ao lado de comités climáticos de jovens.Hugo lidera ações de limpeza de praias e eventos de plantação de árvores para melhorar a resiliência ambiental.“Os resultados têm sido espetaculares. A praia tem um aspeto incrível. Estou muito impressionado com a paixão, a energia e as capacidades de organização dos jovens com quem estou a trabalhar. Já estou à procura de formas de alargar esta intervenção a outras regiões de São Tomé e Príncipe.” Hugo Robert Carnell, Voluntário da ONU para a Juventude e o Clima da UNICEF.Hugo recruta candidatos para as posições do U-Report especificamente para melhorar a recolha de dados e responder às necessidades dos jovens em São Tomé e Príncipe. Para Hugo, o entusiasmo dos jovens é incrivelmente motivador. Outro Voluntário das Nações Unidas é o Joel Benguela D'Almeida, é responsável de Género e Juventude para a Ação Climática do PNUD em São Tomé.Joel criou sete comités regionais e distritais. Estes envolvem quase 50 jovens que se concentram na ação climática, na sensibilização e em dotar os membros da comunidade de conhecimentos sobre a adaptação e o desenvolvimento da resiliência climática. “Apoio a implementação de soluções climáticas práticas, como a reflorestação, a agricultura sustentável e os projetos de energias renováveis”, Joel afirma: “Estas iniciativas demonstram que os jovens podem ser uma força poderosa para a resiliência climática.”Joel utiliza plataformas e meios digitais para divulgar a sensibilização para o clima. Conta com o apoio de jovens ativistas do clima para defender a ação climática e aumentar a visibilidade dos esforços do PNUD. “Como Voluntário da ONU, vejo sorrisos genuínos e mudanças positivas devido aos nossos esforços. Isto inspira-me a continuar e a ajudar mais jovens a fazer a diferença.” Joel Benguela D'Almeida, Voluntário das Nações Unidas responsável para o Género e a Juventude para a Ação Climática com o PNUD, São Tomé.O entusiasmo dos jovens da Guiné-Bissau e de São Tomé e Príncipe sublinha o facto de que as soluções sustentáveis exigem a participação ativa de todos.Com a possibilidade de aperfeiçoar as suas competências e aceder à igualdade de oportunidades, os jovens são verdadeiramente imbatíveis, tendo apenas o céu como limite.
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História
21 junho 2024
UN-Habitat por cidades mais limpas
Menos de 15% das moradias são cobertas pela rede pública de coleta de lixo, porém, mesmo nesses casos, o resíduo não possui uma destinação adequada, e acaba em vazadouros que contribuem negativamente para a saúde da população e a contaminação do ambiente. Dados também apontam apenas 29,5% das famílias destina os resíduos orgânicos para alimentação de animais ou como adubo para a agricultura, enquanto a taxa de reciclagem dos resíduos não orgânicos ainda é inexpressiva. Na cidade de Bafatá, o jovem Fodé Baldé, 32 anos, relatou que o lixo era muito comum nas ruas da cidade e causava vários transtornos. Fodé é voluntário da Cruz Vermelha e, através de um convite da Academia Ubuntu para um ateliê, tomou conhecimento do projeto “Resposta à COVID-19 em assentamentos informais na Guiné-Bissau”, implementado pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (UN-Habitat) com financiamento do Fundo Global através do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e apaixonou-se pelo projecto.Desde então, participa em todas as sessões de limpeza na cidade e das campanhas de sensibilização realizadas pela Academia Ubuntu, parceira do projecto, e ainda contribui no engajamento de outros moradores. “Participei no workshop de sinalização do AC.Ubuntu e, depois de sair da formação, comecei imediatamente a mobilizar os meus colegas nas bancadas para limparem tudo antes da chuva, porque temos muitas dificuldades com o lixo durante a estação das chuvas”.Ele foi voluntário no dia 12 de maio, quando o UN-Habitat e Academia Ubuntu promoveram uma campanha de limpeza na sua cidade. A iniciativa também se estende a outras cidades. Nos dias 11 e 12 de maio as equipas atuaram em Bubaque, Bafatá, Gabu e Mansoa, onde foram envolvidos 138 voluntários que juntos coletaram cerca de 22 toneladas de lixo nas 4 cidades. Apenas na praia de Bruce, em Bubaque, foram retirados cerca de 7 moto-carros de resíduos deixado por visitantes do feriado do dia 01 de maio. Fodé relatou que após a limpeza, a cidade de Bafatá está muito melhor e que a população está muito contente e motivada para a limpeza. No entanto, ele relata que às vezes os jovens querem limpar a cidade, mas não têm materiais de limpeza. Por isso é importante o apoio externo.“Antes da limpeza, costumávamos comprar pão num sítio muito sujo e com mau cheiro, mas no dia da limpeza fui lá e limpei tudo. Agora o sítio está mais limpo e já não cheira tão mal como antes” O objetivo geral do projeto “Resposta à COVID-19 em assentamentos informais na Guiné-Bissau” é apoiar os parceiros na sua atuação nas comunidades mais vulneráveis da Guiné-Bissau com o fim de minimizar os impactos socioeconómicos da pandemia COVID-19 e questões subjacentes como a falta de saneamento que impactam os níveis de malária e tuberculose. Para encontrar dados concretos sobre esses impactos, em 2023 foram realizados mais de 1.000 inquéritos nas cinco cidades participantes (Bafatá, Bissau, Bubaque, Gabu e Mansoa), os quais foram analisados e resultaram em recomendações e um plano de ações. O Plano prevê a construção de infraestrutura e sensibilizações no âmbito de saneamento básico, como o relatado anteriormente.
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História
11 junho 2024
Homens dão voz pelo fim da Mutilação Genital Feminina
"Os homens aqui defendem as mulheres", diz Maria Augusta Correia, com certeza. Aos 58 anos, Maria é a chefe do grupo de mulheres da comunidade de Cabaceira, em Tombali, Sul da Guiné-Bissau, e uma conselheira para todas as companheiras. A anciã, no alto da sua experiência, acredita que, sem o apoio dos homens, a comunidade, também conhecida como “tabanca”, não teria conseguido acabar com a prática da mutilação genital feminina. Ela própria foi protegida de todos estes males pelo pai, que era contra a mutilação genital feminina, quando a prática era a norma nesta região. Estima-se que na Guiné-Bissau 52% das meninas e mulheres entre os 15 e 49 anos foram submetidas a esta prática. “Não fiz porque o meu pai não aceitou”, explica Maria Augusta, com um sorriso. Para defender mulheres e meninas, o Comité Nacional para o Abandono de Práticas Nefastas da Guiné-Bissau, sob tutela do Governo da Guiné-Bissau, trabalha de perto com as tabancas, e contando com o apoio de organizações não governamentais regionais. Após receberam formação de ativistas das ONG’s, promotores locais andam pelas zonas mais recônditas e de difícil acesso do país, para levar mensagens aos vizinhos sobre os direitos das crianças e das mulheres e pedir o fim da mutilação genital feminina, do casamento infantil, da violência contra as crianças e da violência de género. Nas visitas às comunidades, os ativistas e promotores fazem questão de conversar com o chefe da tabanca, o líder tradicional da comunidade, e com todos os homens. Djulde Bari, de 51 anos, chefe da tabanca de Sintcha Serifo, em Quebo, região de Tombali, entende bem o porquê. “Os homens têm voz. O que eu decido na minha casa é cumprido”, afirma. “Se o homem decidir que não quer uma coisa, a coisa para de acontecer”, acrescenta Djulde, com firmeza.Quando o Comité Nacional para o Abandono de Práticas Nefastas entende que a comunidade está preparada para dar um passo em frente, a comunidade assina um compromisso e declara oficialmente o fim das práticas nefastas naquela tabanca. Isto, após pelo menos dois anos de diálogo frequente com os activistas e campanhas de consciencialização.A tabanca de Sintcha Serifo declarou o fim das práticas nefastas em 2021. O chefe Djulde conta que o processo foi demorado, porque “não é fácil mudar um comportamento. “Muitos adultos resistiram no princípio, mas como chefe da tabanca, conversei com eles e influenciei a mudança”, esclareceu, confiante. “O que nos levava a fazer era a falta de informação”, conta Djulde. Agora todos na tabanca sabem que “as mulheres que foram excisadas têm problemas de saúde, sobretudo no momento do parto, podem perder a vida, ter infeções e quando têm relações sexuais não têm prazer”, ele acrescenta. As conversas com os promotores locais durante os últimos anos “foram muito boas para nós”, acrescenta o líder da comunidade. O imã também é uma presença obrigatória nas sessões de conversa com os promotores comunitários. Na Guiné-Bissau, a mutilação genital feminina ocorre com frequência nas comunidades que se identificam como muçulmanas. Pelo seu poder de influência na tabanca, é preciso que estes líderes religiosos percebam as consequências da mutilação genital feminina e das demais formas de violência de género. Na tabanca de Sintcha Serifo, o imã Mamadu Baldé apoiou a declaração do fim de práticas nefastas. Ele entende que “do lado do profeta, a mutilação genital feminina não é obrigatória”, explica calmamente. “Um ato quando não é bom para a saúde, é melhor deixar”, conclui o imã. O chefe da tabanca de Cabaceira, Abduramane Baldé, concorda. Nesta tabanca, onde também vive Maria Augusta, a comunidade é maioritariamente é muçulmana e agora sabe que a excisão não tem fundamentos religiosos. “Não tem nada a ver com o Alcorão, mas é uma questão tradicional”, diz Abduramane. “Não tem nenhuma outra razão”. O Comité Nacional para o Abandono de Práticas Nefastas tem o apoio e o financiamento do Programa Conjunto para a Eliminação da Mutilação Genital Feminina na Guiné-Bissau, integrado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA).Este Programa Conjunto para a Eliminação da Mutilação Genital Feminina atua em 17 países (Burkina Faso, Jibuti, Egipto, Eritreia, Etiópia, Gâmbia, Guiné, Guiné-Bissau, Quénia, Mali, Mauritânia, Nigéria, Senegal, Sudão, Somália, Uganda e Iémen) e procura responder às causas e consequências multidimensionais desta prática. Na Guiné-Bissau, as principais causas para a prevalência desta prática nociva parecem ser a discriminação e estigma, a debilidade das infraestruturas nacionais, a pobreza, a vulnerabilidade da população a choques e crises e as barreiras à participação ativa das mulheres nas tomadas de decisões. O Governo Bissau-guineense promulgou, em 2011, uma lei contra a mutilação genital feminina e, em 2018, adotou uma política nacional para a sua erradicação e um programa nacional. Estes esforços têm-se traduzido numa progressiva, mas lenta, redução do número de casos. Como tal, o Programa Conjunto do UNICEF e UNFPA tem apostado no envolvimento e mobilização dos homens e os rapazes para transformar as normas sociais e de género. Isto porque a experiência tem comprovado que o apoio dos homens é essencial para defender os direitos das mulheres e crianças, e pôr fim à mutilação genital feminina. Dauda Só é um exemplo disso. Ele conta que não permitiu que as irmãs sofressem a mutilação genital feminina, mesmo indo contra a vontade dos pais. “Eu já sabia que faz mal”, conta Dauda. Dauda sempre acreditou que as mulheres são completas como Deus as fez e não precisam de sofrer qualquer excisão. Anos mais tarde, Dauda casou-se com uma mulher que também não tinha sido vítima desta prática e passou a proteger a filha e as outras meninas da tabanca de Cabaceira. Sem o apoio do marido, Cadi Dabo não sabe como iria proteger as filhas. Enquanto participa nas conversas sobre os perigos da mutilação genital feminina, do casamento forçado e da violência doméstica, ela faz tranças no cabelo da filha mais nova. Cadi leva a menina de 5 anos às reuniões com os activistas para que ela possa aprender sobre os seus direitos desde tenra idade.Para Cadi é importante falar sobre isto. “Eu fui vítima de mutilação genital feminina e casamento infantil porque não sabia nada sobre isso, mas as minhas filhas não serão”, conta a jovem de 22 anos. Cadi conta que a sua vida não tem sido fácil mas que fica feliz por ver que a mentalidade e os comportamentos na tabanca estão a mudar. “Há muita coisa que já não fazemos”, como a mutilação genital feminina, diz Cadi. Os promotores têm conversado com as pessoas da tabanca dela, de Gã Banna, região de Quinara, há cerca de um ano. A continuar assim, a declaração pública do fim de práticas nefastas deve ocorrer em 2024. A partir daí, os promotores locais e ativistas das ONG’s vão continuar a trabalhar com a comunidade, para garantir que não voltaram atrás no seu compromisso. Quando uma comunidade muda os seus hábitos e se une para defender os direitos das mulheres e das crianças, os resultados são visíveis. “As meninas são respeitadas”, conta Famata Baio, de 22 anos. Famata vive no Bairro Areia Nalu, uma tabanca em Catió, região de Tombali, que declarou o fim de práticas nefastas em 2021. Ela conta que ali “não há diferenças entre meninas e meninos” e, por exemplo, todas as meninas vão à escola. A jovem está agora na 12.ª classe e quer ser educadora de infância. Quer casar-se sim, mas apenas quando terminar os estudos. Por enquanto, quer ficar na sua comunidade e zelar pelos direitos das suas amigas e companheiras.
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História
25 julho 2024
O Poder de Bentana: Inovação Ambiental e Ecológica de Dembo Mané
Filho de mecânico e camponês, Dembo cresceu em uma oficina, aprendendo com seus pais e tios. “Sou uma das vozes que lutam para combater as mudanças climáticas,” diz ele, demonstrando a paixão que move sua jornada. O projeto “Puder di Bentaba” nasceu da crise provocada pela pandemia de COVID-19 e pela guerra na Ucrânia, que exacerbou a insegurança alimentar na África. Ao perceber a necessidade urgente de transformar o agronegócio, Dembo decidiu apostar na piscicultura, especificamente na produção de farinha de tilápia, localmente conhecida como bentana. “A tilápia é uma das maiores fontes de proteína animal e ajuda na redução de problemas cardiovasculares e anemia,” explica Dembo, destacando o valor nutricional de seu produto. Dembo iniciou sua trajetória empreendedora enquanto ainda estudava. Motivado por um relatório das Nações Unidas sobre a insegurança alimentar, ele começou a pesquisar e desenvolver seu projeto. Sua dedicação o levou a participar de uma competição organizada pelo PNUD, onde foi selecionado para uma formação em Benim. Esta oportunidade foi crucial para o desenvolvimento de seu projeto, permitindo-lhe adquirir conhecimentos e técnicas avançadas em piscicultura.Ao retornar à Guiné-Bissau, Dembo integrou suas ações como ativista ambiental, lutando para combater as mudanças climáticas e o êxodo rural. “Nosso slogan é ‘Sem azul, não há verde’,” afirma Dembo, ressaltando a importância de proteger os recursos marinhos para garantir a sustentabilidade da vida terrestre. Ele conseguiu colocar seu produto na loja local “Kussas di Tchon” na feira de praça, no centro de Bissau, custando 2500 francos CFA, e também exportá-lo para Portugal, onde é vendido a um preço superior devido aos custos adicionais.Membro de Painel de Auscultação de Jovens, uma estrutura juvenil dentro do PNUD que serve de elo entre a juventude e o Sistema das Nações Unidas. A notoriedade de seu projeto levou Dembo a receber convites para eventos internacionais. Ele foi selecionado duas vezes para participar da Nairobi Summer School of Justice Climatics, organizada pelo Instituto Panafricano de Justiça Climática, PACJA, e também recebeu um convite do Instituto Inter-regional de Investigação sobre Crime e Justiça das Nações Unidas (UNICRI) para um evento em Dakar sobre extremismo violento e mudanças climáticas. No entanto, devido a dificuldades burocráticas, ele não pôde participar da primeira edição. Mesmo assim, sua determinação permanece inabalável.“O caminho faz-se caminhando,” diz Dembo, refletindo sobre seu percurso cheio de desafios e superações. Ele lembra das adversidades que enfrentou, desde críticas na infância até noites sem dormir para realizar seus sonhos. Sua força de vontade e a inspiração que recebeu de seu pai, um modelo de resiliência, o mantêm firme em sua missão. Dembo Mané é um exemplo inspirador de como um jovem pode transformar desafios em oportunidades e contribuir significativamente para a sustentabilidade ambiental e a segurança alimentar de sua comunidade. “Quero continuar a sonhar e não vou parar de sonhar,” conclui ele, reafirmando seu compromisso com um futuro melhor para a Guiné-Bissau e além.
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História
11 junho 2024
Testemunhos de Quinara, Guiné-Bissau Programa Conjunto UNFPA-UNICEF sobre a Eliminação da Mutilação Genital Feminina
Cadi, 16 anos - São Martinho
As mulheres da comunidade de São Martinho, em Quinara, Guiné-Bissau, juntaram-se para participar nos diálogos comunitários sobre práticas que prejudicam as raparigas e as mulheres. Reuniram-se para falar com os homens da aldeia, o imã e o chefe da Tabanka (chefe da comunidade) sobre o fim da mutilação genital feminina, do casamento forçado e do casamento infantil. Todos concordaram que estas práticas devem acabar e que nesta comunidade nenhuma rapariga voltará a sofrer mutilação genital feminina. Depois das mulheres mais velhas falarem, chegou a altura de ouvir a Cadi. Ela é uma rapariga de 16 anos e tem ajudado os activistas da ONG Rede de Ajuda a trabalhar na comunidade de São Martinho.Cadi participa regularmente nas reuniões e actividades semanais, apoiadas pelo Programa Conjunto UNFPA-UNICEF para a Eliminação da Mutilação Genital Feminina na Guiné-Bissau. Aí se fala de coisas que não costumavam ser discutidas, como a mutilação genital feminina, o casamento forçado, a violência de género e os maus tratos a pessoas com deficiência. Ela partilha tudo o que aprende com os seus colegas de escola.
Os diálogos comunitários começaram há cerca de 6 meses e ela já nota uma mudança no comportamento e nas atitudes das pessoas. “Agora toda a gente evita os problemas”, diz ela. O seu sonho é ser professora e, para isso, sabe que tem de continuar a estudar. Casar não está nos seus planos até ter, pelo menos, 18 anos de idade. Felizmente, a família de Cadi também é contra o casamento forçado e apoia-a. O pai quer que ela continue a frequentar a escola e que seja um exemplo para as suas 4 irmãs mais novas. Nanica, 26 anos - Vila BaxadaA Nanica já tinha ouvido falar dos perigos da mutilação genital feminina, mas não tinha percebido bem o assunto. Um dia, depois de sair da escola, encontrou uma das activistas da ONG Rede de Ajuda a trabalhar na sua comunidade, em Vila Baxada, Quinara, e começou a fazer perguntas. Nas actividades locais, apoiadas pelo Programa Conjunto do UNFPA-UNICEF para a Eliminação da Mutilação Genital Feminina na Guiné-Bissau, aprendeu mais sobre a MGF, o casamento infantil e as práticas violentas contra as mulheres. “É muito importante que falemos sobre isso”, diz ela.Agora, ela sabe quais são as consequências da mutilação genital feminina e fala sobre o assunto com os seus amigos e vizinhos. “Não é bom e causa muitos problemas e sofrimento às mulheres”. Sadio, 14 anos - Vila Baxada
Sadio, 14 anos, não sabia nada sobre os perigos da mutilação genital feminina. “Aprendi que não é bom porque é mau para a saúde”, disse. Ela participou nas actividades para marcar o Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina, 6 de fevereiro, e ficou muito feliz por receber um kit de dignidade.
Ficou especialmente chocada ao ouvir falar do risco de infecções e da transmissão de doenças, porque quer ser médica quando crescer. Agora está a discutir tudo o que aprendeu com os seus colegas de escola e amigos. Já convenceu alguns deles. Cadi, 22 anos, Gã BannaCadi gosta de participar nos diálogos comunitários e, desta vez, trouxe a sua filha mais nova, de 5 anos. Enquanto ouve as pessoas falarem sobre os perigos da mutilação genital feminina, do casamento forçado e da violência doméstica, ela faz tranças no cabelo da menina.
Ela acha que é importante falar sobre estas questões para sensibilizar a comunidade.“Eu fui vítima de mutilação genital feminina porque não sabia, mas as minhas filhas não o serão”, diz Cadi. O marido e os vizinhos concordam agora com ela. Ela está satisfeita com o facto de, devido ao apoio do Programa Conjunto UNFPA-UNICEF para a Eliminação da Mutilação Genital Feminina na Guiné-Bissau, alguns comportamentos já terem mudado. “Já há muitas coisas que não fazemos mais”, diz Cadi.“Eu fui uma das vítimas do casamento infantil e isso foi uma barreira para alcançar os meus sonhos”, diz Cadi. “Havia coisas que eu queria fazer mas não podia por causa do casamento.”
As mulheres da comunidade de São Martinho, em Quinara, Guiné-Bissau, juntaram-se para participar nos diálogos comunitários sobre práticas que prejudicam as raparigas e as mulheres. Reuniram-se para falar com os homens da aldeia, o imã e o chefe da Tabanka (chefe da comunidade) sobre o fim da mutilação genital feminina, do casamento forçado e do casamento infantil. Todos concordaram que estas práticas devem acabar e que nesta comunidade nenhuma rapariga voltará a sofrer mutilação genital feminina. Depois das mulheres mais velhas falarem, chegou a altura de ouvir a Cadi. Ela é uma rapariga de 16 anos e tem ajudado os activistas da ONG Rede de Ajuda a trabalhar na comunidade de São Martinho.Cadi participa regularmente nas reuniões e actividades semanais, apoiadas pelo Programa Conjunto UNFPA-UNICEF para a Eliminação da Mutilação Genital Feminina na Guiné-Bissau. Aí se fala de coisas que não costumavam ser discutidas, como a mutilação genital feminina, o casamento forçado, a violência de género e os maus tratos a pessoas com deficiência. Ela partilha tudo o que aprende com os seus colegas de escola.
Os diálogos comunitários começaram há cerca de 6 meses e ela já nota uma mudança no comportamento e nas atitudes das pessoas. “Agora toda a gente evita os problemas”, diz ela. O seu sonho é ser professora e, para isso, sabe que tem de continuar a estudar. Casar não está nos seus planos até ter, pelo menos, 18 anos de idade. Felizmente, a família de Cadi também é contra o casamento forçado e apoia-a. O pai quer que ela continue a frequentar a escola e que seja um exemplo para as suas 4 irmãs mais novas. Nanica, 26 anos - Vila BaxadaA Nanica já tinha ouvido falar dos perigos da mutilação genital feminina, mas não tinha percebido bem o assunto. Um dia, depois de sair da escola, encontrou uma das activistas da ONG Rede de Ajuda a trabalhar na sua comunidade, em Vila Baxada, Quinara, e começou a fazer perguntas. Nas actividades locais, apoiadas pelo Programa Conjunto do UNFPA-UNICEF para a Eliminação da Mutilação Genital Feminina na Guiné-Bissau, aprendeu mais sobre a MGF, o casamento infantil e as práticas violentas contra as mulheres. “É muito importante que falemos sobre isso”, diz ela.Agora, ela sabe quais são as consequências da mutilação genital feminina e fala sobre o assunto com os seus amigos e vizinhos. “Não é bom e causa muitos problemas e sofrimento às mulheres”. Sadio, 14 anos - Vila Baxada
Sadio, 14 anos, não sabia nada sobre os perigos da mutilação genital feminina. “Aprendi que não é bom porque é mau para a saúde”, disse. Ela participou nas actividades para marcar o Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina, 6 de fevereiro, e ficou muito feliz por receber um kit de dignidade.
Ficou especialmente chocada ao ouvir falar do risco de infecções e da transmissão de doenças, porque quer ser médica quando crescer. Agora está a discutir tudo o que aprendeu com os seus colegas de escola e amigos. Já convenceu alguns deles. Cadi, 22 anos, Gã BannaCadi gosta de participar nos diálogos comunitários e, desta vez, trouxe a sua filha mais nova, de 5 anos. Enquanto ouve as pessoas falarem sobre os perigos da mutilação genital feminina, do casamento forçado e da violência doméstica, ela faz tranças no cabelo da menina.
Ela acha que é importante falar sobre estas questões para sensibilizar a comunidade.“Eu fui vítima de mutilação genital feminina porque não sabia, mas as minhas filhas não o serão”, diz Cadi. O marido e os vizinhos concordam agora com ela. Ela está satisfeita com o facto de, devido ao apoio do Programa Conjunto UNFPA-UNICEF para a Eliminação da Mutilação Genital Feminina na Guiné-Bissau, alguns comportamentos já terem mudado. “Já há muitas coisas que não fazemos mais”, diz Cadi.“Eu fui uma das vítimas do casamento infantil e isso foi uma barreira para alcançar os meus sonhos”, diz Cadi. “Havia coisas que eu queria fazer mas não podia por causa do casamento.”
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Comunicado de Imprensa
18 julho 2024
O Secretário-Geral nomeia Geneviève Boutin do Canadá como Coordenadora Residente das Nações Unidas na Guiné-Bissau
Geneviève Boutin tem mais de 20 anos de experiência em desenvolvimento e trabalho humanitário, consolidação da paz e direitos da criança. Anteriormente, foi Directora Adjunta do Grupo de Programas da UNICEF, Representante Especial da UNICEF no Estado da Palestina, Chefe da Equipa Humanitária do Escritório Regional da UNICEF para o Médio Oriente e Norte de África e Chefe da Política Humanitária da UNICEF.Trabalhou também no OCHA, no PNUD, no Gabinete de Apoio à Consolidação da Paz das Nações Unidas e em Gabinetes de Coordenadores Residentes em diversos contextos, incluindo o Burundi, a República do Congo, o Haiti, a Somália e a América do Sul.A Sra. Boutin tem um mestrado em Relações Internacionais: Ciência Política pelo Instituto de Pós-Graduação em Relações Internacionais em Genebra, Suíça.#ForPeopleForPlanet#SDGs
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Comunicado de Imprensa
26 junho 2024
Dia Mundial Contra as Drogas
O problema global da droga representa um desafio multifacetado que afeta a vida de milhões de pessoas em todo o mundo. Desde indivíduos que se debatem com perturbações relacionadas com o consumo de substâncias a comunidades que se debatem com as consequências do tráfico de droga e do crime organizado, o impacto da droga é de grande alcance e complexo. Para enfrentar este desafio, a campanha do ONUDC para 2024 - “A evidências é clara: investir na prevenção” apela a uma abordagem baseada em evidências científicas que dê prioridade à prevenção e ao tratamento e reconhece que as políticas eficazes em matéria de droga devem assentar na ciência, na investigação, no pleno respeito pelos direitos humanos, na compaixão e numa compreensão profunda das implicações sociais, económicas e sanitárias do consumo de droga. Juntos, vamos ampliar os nossos esforços para combater o problema global das drogas, guiados pelos princípios da ciência, da compaixão e da solidariedade. Através de uma ação coletiva e de um compromisso com soluções baseadas em provas, podemos criar um mundo em que os indivíduos tenham o poder de levar uma vida saudável e plena. O Dia Mundial da Droga deste ano é um apelo para: Aumentar a consciencialização: Aumentar a compreensão da eficácia e da relação custo-eficácia das estratégias de prevenção baseadas em evidências, salientando o seu impacto na atenuação dos danos causados pelo consumo de drogas.Defender o investimento: Incentivar um maior investimento nos esforços de prevenção por parte dos governos, dos decisores políticos e dos profissionais responsáveis pela aplicação da lei, salientando os benefícios a longo prazo da intervenção precoce e da prevenção.Capacitar as comunidades: Equipar as comunidades com as ferramentas e os recursos para implementar iniciativas de prevenção baseadas em evidências, fomentando a resiliência contra o consumo de drogas e promovendo soluções lideradas pela comunidade.Facilitar o diálogo e a colaboração: Promover o diálogo e a colaboração entre as partes interessadas para melhorar as práticas e políticas de prevenção baseadas em evidências, fomentando um ambiente favorável à partilha de conhecimentos e à inovação.Promover a elaboração de políticas baseadas em factos: Defender a elaboração de políticas baseadas em evidências a nível nacional e internacional, assegurando que as políticas em matéria de droga se baseiam na investigação científica e são informadas pelas melhores práticas.Envolver as comunidades: Aumentar a consciencialização sobre a importância do envolvimento e da participação da comunidade na conceção e implementação de programas eficazes de prevenção da toxicodependência, capacitando as comunidades para se apropriarem dos esforços de prevenção.Capacitar os jovens: Fornecer aos jovens os conhecimentos, as competências e os recursos para se tornarem agentes de mudança nas suas comunidades, defendendo iniciativas de prevenção da toxicodependência e amplificando as suas vozes na conversa.Promover a cooperação internacional: Fomentar a cooperação internacional e a colaboração entre governos, organizações e comunidades para desenvolver e implementar estratégias baseadas em evidências para combater o tráfico de drogas e o crime organizado, reconhecendo a natureza global do problema das drogas e a necessidade de uma ação coordenada. Todos os anos, o ONUDC publica o Relatório Mundial sobre Drogas, repleto de estatísticas importantes e dados factuais obtidos através de fontes oficiais, de uma abordagem científica e de investigação. O relatório deste ano foi lançado hoje em Viena. Na Guiné-Bissau, Observatório Guineense da Droga e da Toxicodependência, a com parceria do ONUDC tem estado a promover atividades de sensibilização sobre o lema.
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Comunicado de Imprensa
20 junho 2024
Programa para Jovens Profissionais das Nações Unidas
O Programa para Jovens Profissionais das Nações Unidas (UN Young Professional Programme) é uma iniciativa de recrutamento de profissionais talentosos e altamente qualificados para iniciarem uma carreira como funcionários públicos internacionais no Secretariado das Nações Unidas.Consiste num processo de exame de admissão e no desenvolvimento profissional depois de os candidatos seleccionados iniciarem a sua carreira na ONU.Sendo um programa anual, os Estados Membros sub-representados são convidados para partIcipar com base no seu estatuto de representação. Para 2024, 49 Estados Membros da ONU foram convidados a participar. A Guiné-Bissau consta entre esses países elegíveis para 2024, devido a fraca representação dos jovens guineenses nesse programa.A lista dos candidatos vencedores do YPP é utilizada para preencher vagas em lugares geográficos de nível P-1 e P-2 em todo o Secretariado da ONU.Para mais informações , clica aqui!2024 Áreas de exame:Assuntos Políticos, Direitos Humanos, Assuntos HumanitáriosRecursos humanos, administração, gestão e análiseFinanças e orçamentoProcesso de candidaturaSaiba mais sobre o YPP - Quem é elegível?Nacionalidade: Deve possuir a nacionalidade de um Estado-Membro participante no momento da candidaturaIdade: 32 anos ou menos até ao final do anoPara o exame de 2024, data de nascimento: igual ou posterior a 1 de janeiro de 1992Habilitações académicas: Diploma universitário de primeiro nível, com a duração de três anosBacharelato ou equivalente, relevante para a área do exameLíngua: Fluência em inglês ou francêsLer, escrever, falar, compreenderLer a oferta de emprego no Portal de Carreiras da ONU: https://careers.un.orgCriar um perfil no Inspira: https://inspira.un.org Ajudem a divulgar esta oportunidade para os nossos jovens quadros residentes no país e na diáspora!Contactos e recursos da YPP:E-mail: YPP-exams@un.org talentoutreach@un.org Visite careers.un.org/ypp e inspira.un.org
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Comunicado de Imprensa
29 maio 2024
Participação da Guiné-Bissau na 4a Conferência Internacional dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento
Como membro dos PEID, a Guiné-Bissau participa com os estados-membros para avaliar a capacidade desses estados em alcançar o desenvolvimento sustentável, incluindo a Agenda 2030 e os seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.Na conferência, a delegação da Guiné-Bissau vai compartilhar informações sobre o país e realizar dois eventos paralelos: a candidatura dos arquipélagos dos Bijagós ao patrimônio natural mundial e a apresentação dos resultados de um projeto de reforço da capacidade de adaptação das comunidades costeiras.Viriato Soares Cassamá espera compartilhar experiências sobre conservação ambiental, combate às mudanças climáticas e gestão de resíduos sólidos. A Guiné-Bissau é um exemplo global de biodiversidade, com 26,3% do território nacional como áreas protegidas, mostrando potencial para ser pioneira no cumprimento da meta do ODS 13.
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29 maio 2024
Reunião Anual do Comité de Pilotagem do Quadro de Cooperação das Nações Unidas para o Desenvolvimento
A reunião será copresidida pelo Senhor Carlos Pinto Pereira, Ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades e pelo Senhor Soares Sambú, Ministro da Economia, Plano e Integração Regional e pela Coordenadora Residente Interina do Sistema da ONU na Guiné-Bissau, Senhora Etona Ekole. O encontro tem como objetivo principal a apresentação dos Resultados das atividades desenvolvidas pela ONU em 2023, através de reunião de deliberação do Comité conjunto para a implementação do Quadro de Cooperação das Nações Unidas para o Desenvolvimento, visando alcançar a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável na Guiné-Bissau. O Comité de Pilotagem tem dois eixos que, são: atuar como a mais alta estrutura de Governança para o UNSDCF e fornecer orientações estratégicas sobre as iniciativas do Fundo de Consolidação da Paz. Durante a reunião, serão analisados, os resultados do Quadro de Cooperação da ONU e Governo da Guiné-Bissau, a situação atual do Fundo da Consolidação da Paz das Nações Unidas, o Plano de Ação do Governo focado nas Regiões e a metodologia para a elaboração do próximo Plano Nacional de Desenvolvimento. O atual Quadro de Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (UNSDCF) 2022-2026 a 11 de Agosto de 2021, está inteiramente alinhado com o Plano Nacional de Desenvolvimento (PDN) e resultou de um processo inclusivo, participativo baseado em evidências, que visam colocar a Guiné-Bissau numa trajetória rumo ao desenvolvimento sustentável, à paz e à estabilidade. È de realçar que o Gabinete do Coordenador Residente do Sistema da ONU na Guiné-Bissau lidera todas as organizações do Sistema e apoia os trabalhos do Coordenador, cujo mandato consiste em assegurar a coordenação das actividades operacionais das Nações Unidas para o desenvolvimento garantindo que, as intervenções sejam coerentes, sustentáveis, alinhadas com as prioridades de desenvolvimento nacional, em conformidade com os Tratados Internacionais e os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
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