Dia Mundial Contra o Trafico de Pessoas: “Que nenhuma criança fique para trás na luta contra o tráfico de pessoas”
30 julho 2024
Em 30 de julho assinala-se o Dia Mundial contra o Tráfico de Pessoas.
Este ano, a campanha mundial escolhida pelo UNODC - "Não deixar nenhuma criança para trás na luta contra o tráfico de pessoas" - apela a uma ação acelerada para acabar com o tráfico de crianças, que representam uma percentagem significativa das vítimas de tráfico em todo o mundo, sendo as meninas as mais afetadas. Além disso, as crianças têm duas vezes mais probabilidades de serem vítimas de violência durante o tráfico do que os adultos, de acordo com o Relatório Global sobre o Tráfico de Pessoas (GLOTIP) do ONUDC.
As crianças estão sujeitas a várias formas de tráfico, nomeadamente a exploração em trabalhos forçados, a criminalidade ou a mendicidade, o tráfico para adoção ilegal, o recrutamento para as forças armadas e o abuso e exploração sexual online.

Nos países de baixo rendimento, as crianças são frequentemente traficadas para trabalhos forçados, enquanto nos países de elevado rendimento a exploração sexual continua a ser predominante entre as crianças vítimas. São múltiplas as causas profundas, entre as quais a pobreza, o apoio inadequado às crianças não acompanhadas num contexto de aumento dos fluxos migratórios e de refugiados, os conflitos armados, as famílias disfuncionais e a falta de cuidados por parte dos pais. A identificação e a proteção das crianças vítimas de tráfico continuam a ser um desafio devido à falta de notificação, de sensibilização e de recursos adequados para os serviços de apoio às vítimas. Os traficantes utilizam frequentemente a coerção, o engano e as ameaças para manter o controlo sobre as suas vítimas, dificultando a intervenção das autoridades.
Para combater este flagelo de forma eficaz, são necessários esforços conjuntos a nível nacional e internacional. Os Estados devem dar prioridade à proteção das crianças, reforçar a legislação, melhorar a aplicação da lei e atribuir mais recursos para combater o tráfico de crianças. Os esforços de prevenção devem centrar-se nas causas profundas, como a pobreza e a desigualdade, para reduzir a vulnerabilidade das crianças. Deve ser dada especial atenção ao tráfico de crianças que se deslocam.
O reforço dos sistemas de proteção das crianças e a aplicação de mecanismos de justiça sensíveis às crianças são cruciais para apoiar as vítimas e responsabilizar os autores dos crimes. A luta contra a exploração infantil online exige estratégias inovadoras, a colaboração entre as empresas do sector tecnológico e as autoridades responsáveis pela aplicação da lei, bem como quadros jurídicos sólidos.


Antes de se juntar à RCO, a Sra. Da Moeda Mendes trabalhava para a MINUSCA, a missão da ONU na República Centro-Africana desde 2019 como Oficial de Informação Pública (Assistente Especial) encarregue da formulação do orçamento, monitorização e coordenação das actividades de comunicação dentro da divisão de Comunicação Estratégica e Informação Pública.
Trabalhou durante 8 anos para a UNIOGBIS, como Oficial de Informação Pública responsável de promover a visibilidade da missão, apoiando e reforçando o papel e o envolvimento de jornalistas, especialmente mulheres, no processo de consolidação da paz no país.
Iniciou a sua carreira na Guiné-Bissau na Cruz Vermelha da Guiné-Bissau, como Oficial de Comunicação, a partir de 2010-2011.
Juelma Karine tem uma especialização em Relações Públicas da Universidade Russa Amizade entre os Povos (RUDN). Tem também formação em Política Pública pela Universidade da Califórnia Berkeley, programa de liderança promovido pelo Governo dos Estados Unidos da América. Ela é fluente em português, inglês, russo e francês.